Sexta, 29 Março 2024

Foto: www.novomilenio.inf.br

Mapa de São Vicente, de Luiz Teixeira, cerca de 1586

Nesta segunda-feira (22), a Cellula Mater da Nacionalidade, ou Primeira Cidade do Brasil, São Vicente, comemora o Dia do Patrimônio Histórico Vicentino em memória à primeira eleição de uma Câmara em solo americano.

No ano do centenário da Independência do Brasil (1922), o pintor e historiador Benedito Calixto representou como seriam as características da Vila de São Vicente em 1852. Sinalizou o local da primeira povoação e as mudanças ocorridas na Baía de São Vicente desde a época de Martim Afonso e às margens do canal de navegação.


Mapa topográfico de São Vicente – 1852

Na legenda, difícil de identificar pelo tamanho da imagem, são indicadas na vila vicentina a Igreja Matriz e adro (1), a Casa da Câmara e Cadeia (2), o Pelourinho (3), as casas de D. Mafalda (4), do capitão-mor Aguiar (5), de João Marcelino (6) e de D. Sebastiana (7), os locais da antiga Igreja de Santo Antonio (8) e do primitivo Colégio dos Jesuítas (9), e a Bica dos Padres, atual Biquinha de Anchieta (10), além da Casa de Martim Afonso (11), do Porto das Naus e do caminho que levava para o Valongo/Saboó, em Santos, passando pelo Engenho dos Erasmos e pela chácara que seria mais tarde transformada no Cemitério da Filosofia. Veja em www.novomilenio.inf.br/santos/mapasnm.htm detalhes da imagem inserida entre as páginas 84 e 85 da obra “Capitanias Paulistas”, de Benedicto Calixto.

Segundo o historiador Francisco Martins dos Santos, um dos importantes patrimônios de São Vicente, as ruínas do Porto das Naus, são do antigo engenho de cana-de-açúcar de Jerônimo Leitão, construído em 1580 sobre os alicerces do mais antigo trapiche alfandegário do Brasil, criado em 1532 (ano da fundação de São Vicente).

Neste local, atualmente Av. Tupiniquins, no Japuí, pesquisas arqueológicas confirmam a existência de fragmentos de formas chamadas de pão de açúcar, evidências de que a área foi ocupada por um engenho, provavelmente entre os séculos XVI e XVII.

De acordo com a história, em 1615 o engenho teria sido destruído junto com a Capela de Nossa Senhora das Naus pelos corsários holandeses, comandados pelo famoso pirata Joris van Spilberg, restando apenas as ruínas que hoje estão sendo estudadas.

Foto: Nilton Fukuda - http://arquivosdoinsolito.blogspot.com

Porto das Naus: historiador Marcos Braga caminha sobre
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