Quinta, 21 Novembro 2024

Para buscarmos a compreensão de um objeto de estudo precisamos resgatar sua origem e analisar sua evolução. A cidade como objeto ou ente guarda complexas questões relacionadas ao fenômeno urbano e ao patrimônio cultural.

Foto: Iris Geiger/março de 2011

Detalhe do monumento em homenagem aos fundadores da
Cia. Docas de Santos e, ao fundo, a Igreja do Carmo à Praça
Barão do Rio Branco – Centro de Santos

Os processos culturais, que embasaram os modos de produção, as sociedades, os ciclos econômicos, também materializaram os espaços. O legado, que podemos chamar de patrimônio ambiental urbano, é mais ou menos preservado, dependendo do valor que a comunidade atribuir a este patrimônio. Patrimônio cultural entendido como o conjunto de bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à memória e à ação dos diferentes grupos formadores da sociedade. E patrimônio ambiental urbano como o tripé, onde à identidade e à memória, acrescenta-se a paisagem da cidade.

Equacionar crescimento econômico, meio ambiente saudável e preservação do patrimônio cultural é um desafio cada vez mais frequente nas cidades. Vários municípios brasileiros, normalmente partindo da iniciativa das próprias administrações públicas, intensificaram, nos últimos vinte anos, a recuperação de seus patrimônios edificados.

Na cidade de Santos, no final da década de 80, a comunidade reconheceu a necessidade da preservação desse acervo. Em 12 de julho de 1989, o poder público formatou através de decreto o Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos – Condepasa. Criado inicialmente para assessoramento do Secretário de Cultura, no ano de 1991 ganhou autonomia, adequando-se à Lei Orgânica do Município.

O registro dos fatos históricos em muitos lugares é apenas encontrado em livros, outras vezes pode ser obtido por meio de filmes ou até por depoimentos de quem os vivenciou. “Felizes são as cidades que ainda preservam a história gravada em sua arquitetura. Para estas, tornou-se essencial a elaboração de projetos e de leis que protejam imóveis, monumentos e demais bens. Daí a criação dos conselhos de defesa do patrimônio artístico/cultural”, declarou Carlo Pinto, secretário de cultura da cidade portuária de Santos.

Foto: Prefeitura Municipal de Santos

Sítio remanescente do Outeiro de Santa Catarina – Centro de Santos

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