Domingo, 24 Novembro 2024

Foto: http://veja.abril.com.br - Claudio Santana/AFP

Nuvem de cinzas do vulcão Puyehue vista da cidade de Osorno, Chile

O vulcão chileno Puyehue (Cordilheira dos Andes) está em atividade há uma semana após 50 anos de sua primeira erupção. Ventos fortes fizeram com que partículas chegassem a Austrália e Nova Zelândia em uma altitude entre 6 mil e 10 mil metros, provocando também cancelamentos e atrasos de vôos no Brasil, Chile, Argentina e Uruguai.

 Fotohttp://www.bbc.co.uk
Além dos comentários sobre os jogos de futebol, outro assunto que costuma estar sempre presente é o clima. Este ano o frio chegou mais cedo... é por causa do “El Niño” ou de “La Niña”... a culpa é do aquecimento global. O assunto fica ainda mais quente quando um vulcão chileno resolve entrar em erupção, afetando também a vida dos brasileiros. Até então, o que mais estava presente (apesar de muitos não saberem) era “O Menino” e, às vezes, “A Menina”.

Considerado o maior fenômeno climático global, o El Niño, de tempos em tempos, provoca o aquecimento de grande quantidade de água no Pacífico Equatorial, mudando o regime de ventos no mundo. O maior El Niño do século, que começou em 1982, causou danos de US$ 8,11 bilhões. Mas o fenômeno não é recente. Acredita-se que o conquistador espanhol do Peru, Francisco Pizarro, deve ter cruzado com os efeitos dele em 1532. Pizarro anotou em suas crônicas que a região estava inundada pelas chuvas. Desde o fim dos anos 80, a TAO (Tropical Array Ocean), uma rede de 69 bóias espalhadas pelo Pacífico, registra diariamente sua temperatura. Acreditava-se que El Niño acontecia a cada sete anos, mas dados recentes mostram uma mudança: nos últimos doze anos, houve quatro.

Vários cientistas concluíram que a interferência humana na atmosfera tem culpa na alteração da periodicidade das ocorrências. Outra teoria, recentemente anunciada, afirma que o fenômeno é causado pelo calor do magma vulcânico liberado no fundo do Oceano Pacífico.

O que ocorre normalmente sobre as águas da faixa tropical do Pacífico é o vento soprando de leste para oeste(em direção à Ásia) acumulando as águas mais quentes da faixa tropical. No setor oeste do Pacífico, na região da Indonésia, o nível do oceano chega a meio metro acima do nível da costa oeste da América do Sul. Assim, na costa sulamericana a temperatura da água é cerca de 8°C mais fria e rica em nutrientes para o ecossistema marinho.

Em anos de El Niño, os ventos leste-oeste enfraquecem, chegando em áreas tropicais.Invertem o sentido, soprando de oeste para leste. A água mais quente do oeste desloca-se  para o leste, deixando a água da costa oeste da América do Sul com temperaturas acima da média, e abaixo da média a água da região da Indonésia e norte/nordeste da Austrália, provocando mudanças climáticas regionais e globais.

Quando há anos de El Niño, quase sempre há logo após anos de La Niña). O fenômeno La Niña caracteriza-se por um resfriamento da água na faixa equatorial do Oceano Pacífico, em particular no centro-oeste da bacia. Mas a magnitude de tal resfriamento é bem menor que a magnitude do aquecimento da água no El Niño, não afetando tanto no clima global.

Vulcões e crises políticas à parte, as indicações para este inverno de 2011 estão calmas. O Centro de Previsões Climáticas dos EUA informou que as condições serão neutras "ao longo do verão do hemisfério norte" (inverno do hemisfério sul), mas que as previsões para além desse período são incertas (é claro). Enquanto isso, que tal um cafezinho ainda para comemorar o Dia dos Namorados?

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