O batizado de Macunaíma, quadro de Tarsila do Amaral
Já ouvimos diversas vezes que a gente dos trópicos é lerda e preguiçosa. Aliás, este é um dos mitos que a colonização européia nos legou. O personagem Macunaíma, o herói sem caráter do escritor modernista Mário de Andrade, emblematiza a preguiça.
O matriarcado defendido por outro modernista do século XX, Oswald de Andrade, como um dos componentes da cultura lúdica, festiva e antropofágica, conduz à Idade do Ócio.
Antropofagia, ócio, preguiça...
São desgraças do Brasil
Um patriotismo fofo,
Leis com parolas, preguiça
Ferrugem, formiga e mofo.
(Paulo Prado)
O mundo do século XXI exige velocidade, pressa e rápidas comunicações. Características que podem não combinar com uma ilha de clima quente. Neste espaço tropical, que imaginamos seja um paraíso, o reino é do ócio e da preguiça. Os nativos costumam apresentar um erotismo natural e são dotados de grande talento para movimentar o corpo nos ritmos dançantes típicos do local.
Mário de Andrade não associava preguiça a doença, mas sim a contemplação ociosa da natureza. Para Mário, a preguiça tinha a função de mola da criação artística.
As vias de comunicação e os meios de transporte são importantes fatores de globalização neste nosso mundo atual tecnológico. São também essenciais para a estabilidade política e para a transformação social. E, ainda para a Copa do Mundo 2014.
Foto: Werther Santana/AE
Pelé que o diga. Ele está preocupado com os atrasos do Brasil para a Copa e afirmou que o país corre "um grande risco" de causar vergonha a ele, que se empenhou na campanha pelo torneio em solo brasileiro.
"O Brasil está correndo um grande risco de envergonhar a gente na maneira de administrar a Copa do Mundo, principalmente na comunicação. Os aeroportos estão assustando mais, e não é só os brasileiros", declarou o ex-jogador.
Mais um alerta em tempo ou fora de tempo...