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O artista russo Víktor Vasnetsov pintou cenas que ilustram lendas sobre os tapetes mágicos voadores. Aqueles usados para rapidamente transportar pessoas de um lado para o outro. O tapete persa do príncipe Hussein ficou famoso nos contos das Mil e Uma Noites.
Foto: www.amazoninterart.com
O tema exótico tem atraído a atenção do público ocidental. No ano de 2008, o jornal Physical Review Letters publicou um artigo onde três pesquisadores procuram mostrar que há condições em que um tapete poderia realmente voar. Usando leis básicas da física, eles mostraram que um pequeno e fino tapete voaria se o ar estivesse vibrando na freqüência correta. Um exemplo disso é quando um pedaço de lenço de papel flutua suavemente em direção ao chão antes de cair. De acordo com os cálculos dos cientistas, pequenas ondas de ar, em pulsos rápidos e repetidos, poderiam guiar um tapete a uma velocidade de cerca de 30 centímetros por segundo.
O célebre brasileiro Alberto Santos Dumont realizou o primeiro vôo de um balão com propulsão própria no dia 20 de setembro de 1898. No ano seguinte voou com os dirigíveis número 2 e número 3, mas foi em Paris, no dia 19 de outubro de 1901, que provou que um balão podia ser controlado com lemes e motores adequados.
Imagem: Divulgação
O balão dirigível de Santos Dumont em Paris, 1901
População corre para ver balão Santos-Dumont, em Paris, pouco antes de ele contornar a torre Eiffel, em 1901.
No livro Os Balões de Santos Dumont, de Rodrigo Moura Visoni, 300 imagens retratam as experiências do aeronauta com dirigíveis. A tecnologia criou aeronaves e a sociedade mudou nos cento e dez anos seguintes à conquista do prêmio “Deutsch”, com o dirigível “N.6” de Dumont. Hoje precisamos mais do que lendários tapetes mágicos voadores ou balões dirigíveis, transportando pessoas e mercadorias.
A presidente Dilma deliberou a formação de três grandes núcleos: políticas sociais, desenvolvimento econômico e cidadania. Porém, um importante grupo - infraestrutura - criado no governo Lula, será remodelado. Este chega bem perto da nossa realidade de cidade portuária e sede tecnológica da Bacia de Santos.