“A vida é uma emergência da história da Terra e o ser
humano uma emergência da história da vida terrestre”.
(MORIN, E.; KORN, A. B. Terra pátria. Lisboa:
Instituto Piaget, 1993. p. 137)
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Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) na praia de Santos, 19/12/2010.
Fazemos muitas promessas e traçamos planos a cada témino de ano. No ano que vem seremos melhores, tudo será diferente, vamos mudar nossos maus hábitos alimentares, faremos atividades físicas regularmente, aprenderemos um segundo idioma, finalmente realizaremos aquela grande viagem ou compraremos nossa nova casa. Os planos multiplicam-se.
Edgar Morin, um dos principais pensadores contemporâneos e conhecido teórico da complexidade, defende que qualquer atividade de seres vivos é guiada por uma tetralogia. Envolve relações de:
• Ordem;
• Desordem;
• Interação;
• (re)Organização.
Isto é o tetragrama organizacional.
Unindo este tetragrama aos operadores de complexidade, temos as bases do pensamento complexo. Complexo vem do Latim complexus, que quer dizer “aquilo que é tecido em conjunto”.
O pensamento complexo afirma que nós, seres humanos, somos complexos. Isto porque estamos inscritos numa longa ordem biológica e porque somos produtores de cultura. Logo, somos 100% natureza e 100% cultura. O conhecimento complexo não está limitado à ciência, pois há na literatura, na poesia, nas artes, um profundo conhecimento. Todas as grandes obras de arte possuem um profundo pensamento sobre a vida.
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Café de Cândido Portinari, 1935.
Devemos romper com a noção classificatória de artes de um lado e pensamento científico do outro. A educação do futuro deverá ser um ensino primeiro e universal, centrado na condição humana. Com as novas tecnologias o mundo cada vez mais é um todo. Queremos acreditar que o real desenvolvimento porto-cidade-gente afasta o mero crescimento econômico de um que gera as mazelas dos outros.
Rumo a 2011 na busca da qualificação do verdadeiro desenvolvimento sustentável.
