O Porto de Santos já havia iniciado a construção do seu cais de pedra ao final do século XIX e o Governo do Estado de São Paulo tinha interesse em instalar uma Seção de Bombeiros na cidade. Em 26 de outubro de 1894, através da lei nº 53, a Câmara de Santos autorizou o Intendente Municipal a ceder ao Estado o terreno do antigo Teatro Rink, na encosta do Monte Serrat (onde se encontra hoje o Palácio Saturnino de Brito utilizado pela Sabesp). A destinação seria a construção de um quartel de bombeiros, mas o projeto não foi concretizado.
Já no século XX, o vereador Coronel Francisco Antônio de Souza Júnior , na sessão de 24 de novembro de 1906, apresentou o projeto de lei nº 243, que autorizou o Intendente Municipal a chamar concorrentes para a construção de um edifício destinado ao Corpo de Bombeiros da Cidade. Tratava-se do plano para o edifício em terreno à Rua Andrade Neves, entre a Rua Bittencourt e o Largo Sete de Setembro. O edifício deveria obedecer a um “estilo elegante e apropriado e as operações de crédito necessárias não deveriam exceder a 100:000$000 (cem contos de réis)”.
Lançamento da pedra fundamental do Quartel dos Bombeiros
em 09/06/1907 – Arquivo do 6º GI.
Cento e três anos depois, a história é gravada com outras linhas. Agora não mais apenas a inauguração da pedra fundamental e, não mais o Corpo de Bombeiros. O majestoso edifício acastelado, projeto original do engenheiro-arquiteto Maximiliano Emílio Hehl, restaurado e revitalizado pela Prefeitura de Santos, abrigará a nova Câmara Municipal de Santos a partir do dia 15.
O arquiteto que coordenou o projeto, Ney Caldatto, declara que o desafio foi abrigar todas as atividades da instituição e ao mesmo tempo valorizar o espaço arquitetônico “para manter a idéia de que a Câmara fosse um ícone urbano”.
Foto: www.microeducacao.com.br
Castelinho quando abrigava o Corpo de Bombeiros
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