Sábado, 27 Abril 2024

Existem espécies vegetais pioneiras. Não são necessariamente aquelas consideradas as originais ou nativas de uma região, mas as colonizadoras. Aquelas que se prestam muito bem para a recuperação de áreas degradadas. O seu grau de exigência ambiental é um pouco menor. Se fosse uma pessoa, diríamos que é aquela dotada de ânimo, que suporta fadiga e até fome.

Assim é o manacá da serra, uma pequena árvore, de 8 a 15m de altura, comum nas áreas alteradas pelos homens, crescendo bem em capoeiras e menos comum nas matas mais desenvolvidas. Pertence ao mesmo gênero da quaresmeira (Tibouchina granulosa) e da orelha-de-onça (Tibouchina holosericea), mais conhecidas que o próprio manacá.

Essa planta vive na costa brasileira, do Espírito Santo até o Rio Grande do Sul. Está entre as pioneiras de maior abundância em formações secundárias da Mata Atlântica e também tem sido usada em arborização urbana.

Foto: Antonio CBC Lopes/ http://3.bp.blogspot.com

Borboleta do Manacá

O Manacá-da-Serra é muito importante na vida de um inseto. O vegetal serve de alimento das lagartas de uma espécie: a borboleta amarela manchada de preto (Methoma themisto). Quando você for caminhar, observe aquelas asas, alegrando e colorindo ainda mais a árvore rosa e branca.

A biodiversidade, ou diversidade biológica, faz referência à grande riqueza de seres que vivem na Terra, assim como ao delicado equilíbrio de interação e interdependência que existe entre eles, nós e o meio físico.

Pela fé ou por convicção científica, somos responsáveis pela criação. Não se trata de mera bandeira de campanha política. Se conseguirmos enxergar as borboletas que depositam seus ovos no manacá, estaremos andando no caminho para defender a terra, a água e o ar, que pertencem a todos. Estaremos, sobretudo, como lembrou D. Murilo Krieger (arcebispo de Florianópolis) protegendo o homem de si mesmo.

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