Semana passada, falávamos da “Hora do Planeta”, a campanha organizada pela WWF, que durante uma hora apagou as luzes de vários ícones de referência em 117 países. A motivação é o combate ao aquecimento global. Entretanto, o mundo está esquentando ou esfriando?
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Pôster do filme “O Dia Depois de Amanhã”
A 20th Century Fox Film Corporation, no ano de 2004, apresentou o filme dirigido por Roland Emmerich – “O Dia Depois de Amanhã” (The Day After), ilustrando uma expectativa do fim do mundo do ponto de vista americano. Iniciado a partir da combinação de diversos eventos climáticos severos, cujas causas estão ligadas à poluição e ao superaquecimento do globo terrestre, fica evidente a intenção de se remeter à reflexão o tema de grandes desastres que dizimam milhares de cidadãos nos EUA. Por meio da hipótese até então mais aceita, que é o descolamento e descongelamento das gigantescas placas das geleiras do Ártico (Polo Norte), denotando “um aviso divino” à arrogância daqueles que acham que dominam o mundo, mas não dominam o planeta.
O diretor do filme é o alemão que também dirigiu outras sagas e catástrofes conhecidas do público mundial, tais como Soldado Universal (1992), Stargate (1994), Independence Day (1996), Godzilla (1998), O Patriota (2000), King Tut (2005), 10.000 a.C.(2008) e 2012 (2009). Um efeito especial, bastante utilizado por ele e até certa forma, caracterizado como marca registrada, é fazer com que objetos sejam filmados em sua trajetória, normalmente terminando em explosões fantásticas contra a câmera.
Seguindo a linha apocalíptica de Independence Day, fez de O Dia Depois de Amanhã uma outra visão de como tudo vai terminar, não com ataques alienígenas, mas através da ameaça que representa a natureza descontrolada em razão dos constantes ataques sofridos pela mão do homem no decorrer dos séculos. Se deixarmos de lado o investimento de U$100 milhões em efeitos especiais e produção, resta encarar o enredo sob a ótica política.
A maior potência mundial, afundando em tsunamis, sendo arrasada por ciclones e furacões e coberta de gelo. A catástrofe obriga o “país-potência” a pedir ajuda a estados menos poderosos. Os norte-americanos têm de atravessar a fronteira mexicana para conseguir sobreviver num território mais quente. Nós estamos acostumados a ver o inverso, ou seja, os mexicanos invadindo os EUA.
Podemos também considerar que o filme mostra como adquirimos um novo conceito sobre as pessoas quando realmente dependemos delas para continuarmos vivos. Quando as coisas tendem a ficar piores, há sempre pessoas para nos dar esperança. E, ainda, como pano de fundo, figura a relação Terceiro Mundo versus Primeiro Mundo com o problema da dívida externa daqueles.
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Perfil de verão
Saindo do universo cinematográfico e entrando no nosso drama diário, percebemos que as variações de temperatura são cada vez mais intensas. No Brasil, a tendência é de verões mais quentes e invernos mais frios.
Nas áreas litorâneas, a principal alteração aponta para a elevação do nível do mar. Pesquisadores explicam que o sistema natural da circulação do calor entre o Equador e os pólos não está funcionando como antes. A faixa equatorial está concentrando mais o calor absorvido, provocando a dilatação da água e o conseqüente aumento do nível do mar.
O oceanógrafo santista, André Belém, acredita que, até o ano de 2016, a elevação do nível do mar na costa brasileira ultrapasse os 4 mm previstos pelo IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas das Nações Unidas), chegando a 6 mm.
Você tem notícias das medidas que estão sendo tomadas para evitar maiores problemas com a elevação do nível do mar nas cidades litorâneas?