Hegemonia do tamboréu do Internacional continua viva
* Campeonato de Duplas 2009
Foto: José Mello
218.800 metros quadrados, o equivalente a 50 campos de futebol, é o tamanho dos jardins da orla de Santos. São 5.335 metros de extensão, com largura média de 45 metros, que abrigam 920 canteiros, 2.286 árvores, entre elas, 1.443 palmeiras e 759 chapéus de sol.
26 centímetros é o diâmetro oficial de uma raquete de tamboréu, esporte genuinamente santista. As dimensões da quadra são 34m x 10m, para duplas, e 29m x 7m, para simples. É uma adaptação do tênis que só dá certo em areias finas e batidas como as das praias de Santos.
80 toneladas pesa a escultura concebida por Tomie Ohtake, instalada no parque público do Emissário Submarino. Feita em aço cos ar cor 500, tem 20 metros de comprimento, 15 de altura e dois de largura. Foi pintada com as tintas Primer Bi Componente 0010 e o Wanda PU HS, específicas para resistir a intempéries.
260 metros de água rasa é o que separa a Ilha Urubuqueçaba e o calçadão da orla. A ilha de formato triangular, de 2.000 m² de chapada, abriga pitangueiras, figueiras e jerivás, a mais comum dos três tipos de palmeiras existentes. É moradia de aves como urubus, garças, gaivotas, atobás e biguás. No entorno, algas, moluscos, anêmonas, ouriços, tartarugas, crustáceos, arraias e peixes, como robalo, garoupa e peixe-galo.
2 mil animais marinhos, de 700 espécies, possui o Aquário Municipal, a segunda atração turística mais visitada do estado de São Paulo. São 32 tanques, cheios de 1,3 milhão de litros de água. O maior é o tanque oceânico, com 350 mil litros. Por mês, é consumida 1,5 tonelada de frutos do mar com a alimentação dos espécimes.
Marco Santana, em matéria entitulada “Uma cidade numerosa”, publicada no dia 24, Jornal da Orla, destaca peculiaridades da cidade portuária de Santos. Escolhemos algumas para ilustrar este ano do 464º aniversário da fundação da Vila de Santos.
O tema dos animais marinhos, misturado com as tristes notícias do terremoto no Haiti, que continuam a chegar, nos remeteu a uma pesquisa do Museu Nacional de História Natural da Holanda. O que a diversidade de espécies marinhas tem a ver com terremotos? Tudo, argumenta o grupo de pesquisadores do Museu.
Willem Renema e seus colegas analisaram a distribuição de grandes concentrações de espécies marinhas nos últimos 50 milhões de anos, e concluíram que os conjuntos mais exuberantes de seres vivos estão sempre associados a áreas de grande atividade sísmica - inclusive no ano da divulgação do estudo (2008) na área do Sudeste Asiático. A explicação é que os terremotos, ligados ao movimento dos continentes, ajudam a criar mares rasos, ricos em nutrientes, e a "misturar" espécies de várias origens num só lugar, levando a uma concentração da diversidade em pequenos espaços.
Foto: http://g1.globo.com
Peixes-exuberância dos terremotos
E por falar em números, projeta-se para o ano de 2020, uma movimentação da ordem de 200 milhões de toneladas anuais no Porto de Santos. Pode ser que o Aquário Municipal, situado na Ponta da Praia, a segunda atração turística mais visitada do estado de São Paulo, perca a posição para o Museu Pelé, que deve ser instalado nos antigos Casarões do Valongo, depois da restauração do patrimônio cultural.
Com o desenvolvimento do Porto, a logística de transportes vai necessitar de investimentos no modal hidroviário. Segundo a Secretaria dos Transportes do Governo de São Paulo, apenas 0,5% das movimentações no estado utilizam hidrovias. O setor ferroviário ocupa 5,2%, mas existe projeto para ampliar esta participação para 31,2% nos próximos dez anos.
Tradição e renovação: a cidade vive neste século XXI outro importante ciclo virtuoso. Se tudo sair conforme os sonhos projetados, Santos (porto e cidade) dará uma demostração que é mesmo duro na queda.