Sexta, 22 Novembro 2024

Foto: http://img.mundi.com.br

Vista noturna em clima de Natal da cidade de Santos

Na noite do último sábado desta primavera, dava para sentir o calor amenizado. Pela janela do quarto, onde montamos nossa oficina, entrava aquela gostosa brisa sul. Ainda temos o privilégio de avistar o horizonte em três pontos cardeais: norte, sul e leste.

As marinhas de Portugal e do Brasil usam a terminologia leste para evitar confundir com o pronome “este”, mas também é comum o uso da inicial E (no lugar de L). Então, veja só que maravilha, moramos num apartamento N-E-S. Além das perspectivas visuais, usufruímos da ventilação. Não existe (ainda) outro prédio vizinho, com mais de cinco pavimentos, que poderia dificultar a percepção desta agradável brisa meridional.

A verticalização das construções é considerada inevitável na cidade de Santos. Nos últimos dois anos, foram aprovados 60 projetos de condomínios verticais, a maioria com mais de dez pavimentos. Há edifícios com mais de 30 andares!

O arquiteto octogenário, Paulo Mendes da Rocha, declarou recentemente que tem dúvidas se o ser humano vive bem no 30º andar. Ele considera que o homem é um bicho muito terrestre. Deu como exemplo os edifícios residenciais das superquadras de Brasília. Eles foram projetados por Lúcio Costa com 6 (seis) andares porque era a altura equivalente à distância que a mãe poderia chamar o filho, que brincava no parquinho lá embaixo, sem usar um recurso extraordinário de voz.

Na década de 60, o arquiteto Lúcio Costa redigiu as exigências para aprovação de projetos residenciais na capital do Brasil:

“O projeto deve ser architectonicamente valido, isto é:
1- estruturalmente definido
2- organicamente articulado
3- plasticamente composto 
Deve ser concebido visando o conforto e o bem-estar e tendo em vista o meio e a época; os ventos, o sol e a chuva.”

Foto: www.skyscrapercity.com

Superquadra 111 Sul, em Brasília

Apesar do exemplo do Planalto, o arquiteto capixaba, identifica-se com o litoral. Paulo Mendes da Rocha nasceu em uma ilha onde se implantou a cidade portuária de Vitória, no estado do Espírito Santo.   Aqui, na outra cidade portuária (Santos), Mendes da Rocha foi convidado para elaborar o projeto arquitetônico do anexo do “casarão branco da praia” – Pinacoteca Benedito Calixto.

Na área do antigo estacionamento poderá surgir uma obra de arte assinada pelo premiado arquiteto. A direção da Pinacoteca pretende viabilizar o novo equipamento com os benefícios da Lei Rouanet, que permite isenções fiscais aos patrocinadores. Uma boa notícia aos santistas nesta semana natalina.

Não vamos falar hoje sobre as inconveniências da verticalização ou sobre as frustrações da COP15. Preferimos aproveitar o clima para enviar a você uma verdadeira mensagem de esperança.

“Que ninguém procure somente os seus próprios interesses, mas também os dos outros.

Tenham entre vocês o mesmo modo de pensar que Cristo Jesus tinha:

Ele tinha a natureza de Deus, mas não tentou ficar igual a Deus. Pelo contrário, abriu mão de tudo o que era seu e tomou a natureza de servo, tornando-se assim igual aos seres humanos.

E, vivendo a vida comum de um ser humano, ele foi humilde e obedeceu a Deus até a morte.”

Trecho da Carta de Paulo aos Filipenses – cap. 2 – VS. 4-8.

FELIZ NATAL!

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