A Jornada nas Estrelas - “Star Trek” - está de volta (11º filme). Voltando na linha do tempo da série, mostrando como o Capitão Kirk e o Spock se conheceram na Academia e a primeira missão da tripulação da Enterprise. Quem não viveu as emoções e aventuras intergalácticas destes navegadores do espaço? Os menos idosos talvez não lembrem que Jornada nas Estrelas é originalmente uma série de TV, que estreou em 1966.
A gente chega a se arrepiar ao ouvir o clássico tema de “Star Trek”, agora com um novo arranjo de Michael Giacchino. A sensação que temos é a de que reencontramos aquele velho amigo da escola, de longa data. E não é que ele está com um saudável vigor que os anos não parecem ter sido capazes de destruir. “Completamente ilógico, mas fascinante”, como diz o Spock.
Esta viagem aqui em Porto-Cidade serve para nos aterrissar nas imagens de alta resolução e fotografias aéreas que auxiliam na análise de objetos urbanos.
Os dados colhidos por sistemas de sensoriamento remoto a bordo de satélites encontravam uso limitado no estudo do ambiente urbano quando a clássica Jornada nas Estrelas estreou, devido à baixa resolução espacial. Recentemente, tais limitações foram superadas e imagens com resolução espacial em torno de um metro podem ser adquiridas, sendo que a expectativa é que imagens com maior resolução estejam disponíveis em breve.
No planejamento ambiental urbano, uma questão que merece atenção é a permeabilidade do solo. Em grande parte das cidades, as enchentes estão associadas a pouca permeabilidade do solo. Alguns planos diretores municipais determinam uma percentagem de áreas permeáveis, mas nem sempre a diretriz é respeitada.
O modelo de urbanização que transforma as cidades em imensos espaços impermeáveis, impedindo o escoamento correto da água da chuva, vem sendo questionado por técnicos e planejadores. Propostas como as “calçadas verdes” ou as “calçadas permeáveis” já são implantadas com sucesso.
As calçadas permeáveis são feitas de um material que deixa o produto final mais poroso, facilitando o escoamento da água da chuva. A forma de assentamento desse material ainda colabora para que a água escoe com mais facilidade.
Também se aplicam as chamadas “telhas verdes”, muito utilizadas nos EUA e Europa. Este tipo de cobertura cada vez mais encontra espaços em construções brasileiras, que além de contribuir para o escoamento da chuva, passa a ter outro papel que é o da diminuição da temperatura ambiente local. A utilização destas soluções beneficia o meio ambiente, gerando um aumento nos espaços verdes e auxiliando na reposição de água para os lençóis freáticos.
A utilização de materiais como o concreto e pavimentos asfálticos transformam espaços como calçadas e ruas em verdadeiros corredores para escoamento das águas pluviais, que são levadas diretamente para os canais, córregos e rios, causando as enchentes.
Mas os rios não são justamente para isso e os canais não foram construídos para a drenagem? Seriam, entretanto, rios e córregos, muito comuns nas nossas paisagens urbanas, normalmente já se encontram assoreados e extravasam essas águas para as várzeas irregularmente ocupadas, causando prejuízos nos períodos de chuvas. Além de toda essa água, vai junto o lixo que foi jogado nas ruas ou em lugares inadequados, transformando os canais, rios e córregos em verdadeiros depósitos desses materiais.
A questão ambiental coloca-se em evidência e deve figurar no novo Plano Diretor de Santos.