“O noveleiro (espalhador de notícias) não é tipo muito vulgar, mas também não é muito raro. Há família numerosa deles. São mais peritos e originais que outros. Não é noveleiro quem quer. É ofício que exige certas qualidades de bom cunho, quero dizer as mesmas que se exigem do homem de Estado. O noveleiro deve saber quando lhe convém dar uma notícia abruptamente, ou quando o efeito lhe pede certos preparativos: deve esperar a ocasião e adaptar-lhe os meios.
Não compreendo, como disse, o ofício de noveleiro. É coisa muito natural que um homem diga o que sabe a respeito de algum objeto; mas que tire satisfação disso, lá me custa a entender. Mais de uma vez tenho querido fazer indagações a este respeito; mas a certeza de que nenhum noveleiro confessa que o é, tem impedido a realização deste meu desejo. Não é só desejo, é também necessidade; ganha-se sempre em conhecer os caprichos do espírito humano.”
Trecho do capítulo 1 da obra “Quem Conta um Conto” de Machado de Assis
O projeto Santos Verão 2009 apresenta aos sábados e domingos, às 15 horas, em duas das cinco tendas montadas na orla, atrações especiais. No último domingo, dia 18 de janeiro, a Tenda 4 foi palco para o grupo “5ª Cia.”, encenando o espetáculo baseado na obra de Machado de Assis – “Quem Conta um Conto”
Foto: Alan Azevedo
Neste ano de 2009, quando a cidade completa 477 anos de fundação, nada menos do que o herói da novela “A Favorita”, o ator global Carmo Dalla Vecchia (Zé Bob) será o Martim Afonso. E mais, Claudia Ohana fará o papel de Dona Ana Pimentel; Scheila Carvalho interpretará a índia Bartira; Nuno Leal Maia será o Padre Gonçalo Monteiro; Cláudio Heinrich, o João Ramalho e Antônio Abujamra colocará drama e peso no show com a sua voz de narrador. O diretor geral da encenação é o Tanah Corrêa.
Compõem a equipe de direção e criação do espetáculo: Orleyd Faya (dramaturgia, roteiro e pesquisa histórica), Miguel Hernandez (diretor adjunto), Gil Nuno Vaz (direção musical), Sônia Arashiro (direção de arte), Karla Lacerda (direção de maquiagem), Dagoberto Costa (direção de sonoplastia e iluminação).
Contando um pouco da história, em 20 de janeiro de
Logo após a sua chegada, ele adotou as medidas recomendadas pelo Rei de Portugal e organizou um sistema político-administrativo nas novas terras. Assim, após batizar o local oficialmente como Vila de São Vicente, Martim Afonso de Sousa instalou a Câmara, o Pelourinho, a Cadeia e a Igreja, símbolos da colonização e bases da administração portuguesa.
O título de Vila representava mais benefícios para o povo. Na época, este era o termo utilizado pelos portugueses para designar uma cidade organizada. Conforme relatado na página oficial da Prefeitura de São Vicente, é desse fato que deriva o título vicentino de Cellula Mater da Nacionalidade, ou Primeira Cidade do Brasil.
Como, apesar das ventanias e crises internacionais, a semana aqui na Baixada Santista é de festa, a cidade portuária de Santos comemora o seu aniversário de 463 anos com três concertos na Praia do Gonzaga. No dia 24 (sábado), nos prestigia a Filarmônica Bachiana Chamber Orchestra, regida pelo maestro João Carlos Martins. No dia
Feliz aniversário!