Sexta, 22 Novembro 2024

Foto: http://image24.webshots.com

Mergulho de superfície

 

O contato direto e prolongado com a água, aquele tempo gostoso em que ficamos mergulhados até a pele dos dedos enrugar, é maior justamente agora, no pico do verão. Há quem goste de mergulhar à noite, principalmente nas noites de lua cheia. Apesar das frentes frias que estão nublando o céu da cidade portuária de Santos, a lua cheia dourada sorridente deu seu ar de graça na noite do último sábado (10). Mas hoje eu quero falar do mergulho sob o sol.

 

Você já tentou mergulhar com o auxílio do snorkel? Como? Com aquela peça de equipamento do mergulhador que permite a respiração na superfície, sem precisar tirar a cabeça da água. Praticar snorkeling não é mergulho em apnéia, embora seja possível para quem pratica a atividade dar pequenos mergulhos a pouca profundidade. Os iniciantes ficam de barriga, na superfície, às vezes com nadadeiras nos pés.

 Foto: www.zone.com.br 

Um problema que se enfrenta com o equipamento está no controle da respiração, que deve ser suave e profunda. O tubo se enche de água durante a submersão e, no retorno à superfície, a água deve ser expulsa com um forte sopro, antes de reiniciar a respiração. Se o mergulhador não controlar corretamente este procedimento básico, engole água e pode se engasgar.

 

Observar a vida subaquática com o auxílio de máscara e snorkel para respirar pode ser fantástico. A pouca profundidade permite a passagem da luz e as cores ainda se aproximam daquelas que temos o privilégio de ver nos jardins terrestres. Quando a água é limpa e transparente, o espetáculo fica ainda melhor.

 

Por outro lado, se a qualidade da água não for satisfatória para banhos, doenças também podem surgir em decorrência ao agradável mergulho. Antes de efetuarmos este contato aquático primário, recomenda-se buscar informações sobre as condições de balneabilidade das praias. Após fortes chuvas, a qualidade das águas costuma piorar. As praias urbanas são, em geral, mais suscetíveis à contaminação por coliformes fecais. As praias de cidades portuárias ainda correm outros riscos de poluição (química e biológica) relacionados à própria atividade.

 

No litoral paulista, a balneabilidade das praias reuniu, na sede da Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem), neste último dia 8 de janeiro, os prefeitos dos municípios da Baixada Santista e do Vale do Ribeira com o secretário de Estado do Meio Ambiente, Francisco Graziano Neto, também conhecido apenas como Xico Graziano. Após avaliação das 255 praias do Estado de São Paulo, Graziano afirmou que “temos uma radiografia das causas da poluição nas praias, mas é impossível combatê-las sem o trabalho dos municípios. E mais, hoje estamos com 35 praias com bandeira vermelha no Estado. Isto é inaceitável.”

 

Foto: www.dapraianews.com.br

Banho de mar com navio ao fundo, em imagem de uma cidade portuária

 

Pois é, Xico, queremos água limpa para mergulhar. Prefeitos, vamos todos juntos trabalhar para a boa qualidade ambiental do nosso litoral.

 

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