Sexta, 22 Novembro 2024

Imagem: http://farm3.static.flickr.com - Lincoln Koga

 

Nem sempre um animal sem raça definida é um “vira-lata” ou “rafeiro” (termo usado em Portugal) abandonado, que vive faminto pelas ruas, revirando latas de lixo e furando sacos plásticos. A maioria dos animais não tem origem definida em um pedigree – aquele certificado formal que atesta a ascendência do animal. Muitos SRD(s) até mostram as características aparentes de determinadas raças, mas não possuem o documento oficial que os coloca no patamar de “raça definida”.

 

O SRD, que aparece nas fichas dos veterinários para classificar cães e gatos sem raça definida, não é tão bem entendido como o termo “mestiço” ou mesmo “vira-lata puro”.

 

O sucesso do vira-lata não é novidade, mas na semana passada, a coisa ficou internacionalmente sensacional, quando o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, disse em público que o cachorro adequado para sua família tinha de ser “um vira-lata como eu”. Parece que os vira-latas são mais resistentes, mais espertos e mais astutos do que outros cães.

 

Nós brasileiros e, principalmente cidadãos de cidades portuárias, somos dotados de uma mestiçagem maravilhosa. Ao longo do tempo, as cidades se transformam, vão se adaptando às novas condições e necessidades de vida da sua gente. As cidades portuárias perdem e ganham características, crescem e se desenvolvem ou ficam estagnadas conforme as mudanças econômicas, políticas e sociais.

 

A “cidade vira-lata” é a mais bem adaptada. Ela já sofreu uma seleção natural para vencer muitas crises. Como ingredientes de sua cultura: tradição e vanguarda. Tende ao multiculturalismo, defendendo uma política do reconhecimento que tem por base a identidade de grupo.

 

Liberdade, Igualdade e Fraternidade: tríade lema que a burguesia adotou na Revolução Francesa antes da República do Brasil. Entretanto, o discurso da igualdade não garantiu o princípio básico, pois os homens são desiguais. Fundaram-se sociedades desiguais.

 

O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim. Não bastam a “ordem” e o “progresso”, é preciso o amor da bandeira da cidade de Santos com uma dose extra: a liberdade.

 

Representantes da vida cultural da cidade e diversos convidados estarão na 7ª edição da Feira Nacional do Livro da Baixada Santista (Fenalba) a partir do próximo dia 12. Na sexta-feira (14/11), às 19h, o colunista do PortoGente Alessandro Atanes será o mediador da mesa-redonda “Como formar novos leitores”. A programação completa está no site do evento.

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