Há 36 anos, a celebração do Dia do Meio Ambiente era criada pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Acontecia em 5 de junho de 1972, na cidade de Estocolmo, capital na costa oriental da Suécia, a 1ª Conferência Mundial de Meio Ambiente.
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Estocolmo, capital sueca, cenário digno de príncipes
e princesas e sede de discussões ambientais
Naquela época, a ONU também iniciou o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep), mais conhecido por aqui como Pnuma. Diversas maneiras para chamar a atenção aos problemas ambientais passaram a ser usadas: desfiles, passeatas, concertos, competições esportivas, campanhas de limpeza nas cidades e nos cursos d’água são alguns exemplos.
Em meados do século XX, o meio ambiente e a ecologia passaram a merecer atenção de estudiosos e militantes em várias partes do mundo. Antes disso, ainda no século XIX, o biólogo alemão Ernst Haeckel (1834-1919) criava a disciplina que estuda a relação dos seres vivos com o ambiente, propondo o nome “ecologia”. A palavra vem do grego “oikos” (casa) e “logos” (estudo): “estudo da casa”, se entendermos ao pé da letra.
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Podemos considerar o planeta Terra como uma grande espaçonave que carrega a tripulação humana e uma ampla diversidade de espécies de passageiros. Esperamos que a tripulação seja treinada adequadamente para executar bem sua função de conduzir com segurança a nave.
Nos idos de 1972, a questão do meio ambiente qualificava-se como uma disposição nobre ou extravagante de alguns intelectuais. No final da década de 80, começava a merecer mais atenção política. Na virada do século e, principalmente, após a divulgação das preocupações com a mudança climática, passou a ser tema freqüente.
Ainda antes da Conferência de Estocolmo, acidentes de grandes proporções, como o ocorrido em 1967 com o petroleiro Torrey Cânion, que derramou 123 mil toneladas de óleo no mar na costa da Inglaterra, já apontavam para a seriedade do tema ambiental.
Quando os impactos ambientais começaram a ter conseqüências globais, algumas nações passaram a se preocupar com o futuro.
Com isso, em 1972 foi realizada a Conferência das Nações Unidas sobre o Homem e o Meio Ambiente, em Estocolmo, na Suécia.
Em um cenário digno de príncipes e princesas, envolto por canais de água, barcos, castelos, pontes e muitos espaços verdes, os chefes de Estado debateram as primeiras polêmicas ambientais.
Considera-se que a grande polêmica da Estocolmo-72 foi o conflito entre os defensores do “desenvolvimento zero”, em sua maioria representantes de países industrializados, e os defensores do “desenvolvimento a qualquer custo”, representantes de países não-industrializados. Não precisa pensar muito para descobrir em qual grupo o Brasil se encontrava.
Na próxima semana, mais algumas linhas sobre os dilemas do verde.
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