Segunda, 13 Mai 2024

Às vésperas do Dia do Desafio e do advento da Lua Azul, na terça-feira passada, iniciou, nas cidades de Santos e de Guarujá, a 3ª edição do Festival da Experiência do Cinema (Cineme-se 2007), com o destaque do som no cinema. A Banda Sinfônica de Cubatão apresentou (no Teatro do Sesc-Aparecida/Santos) “Músicas de Cinema”. A protagonista na abertura do evento foi a música, na pessoa da Banda Sinfônica, regida pelo maestro Marcos Sadao Shirakawa. A imagem passou a ser a coadjuvante.

 

O diretor do Festival, Eduardo Ricci, explica que o som sempre foi um acompanhamento necessário e eficaz no cinema. No teatro de sombras na China, nas tragédias gregas e também no cinema mudo quando a música era tocada ao vivo. Em 1926, nos Estados Unidos, a Warner Brother lançou o Vitaphone, passando a reproduzir a música em sincronia mecânica com a película cinematográfica. Ficou famoso o filme “The Jazz Singer” – Alan Crosland, 1927. 

 

Independente do Festival, a noite da quarta-feira (30 de maio) foi contemplada ao vivo e em cores com a “Lua Azul” ou “Blue Moon” da canção de Richard Rodgers, usada como símbolo de tristeza e solidão. O satélite estava lá, no céu santista e em outros firmamentos para quem quisesse admirar. Relativamente rara, a “Lua Azul” acontece aproximadamente sete vezes em cada 19 anos. De fato, nada mais é do que a 2ª lua cheia do mês. A última Lua Azul ocorreu em julho de 2004 e só vai se repetir em dezembro de 2009. Alguns acreditam que o momento sugere introspecção e reflexão para potencializar as energias.

 

No entanto, no dia 30 de maio, uma grande movimentação agitou a cidade de Santos com a maratona de atividades físicas do “Dia do Desafio”. Milhares de pessoas se mobilizaram. A disputa foi com a cidade venezuelana Los Teques. A proposta do evento, realizado mundialmente, é que as pessoas interrompam suas atividades rotineiras e pratiquem por 15 minutos consecutivos, qualquer tipo de atividade física. 
 Foto: Francisco Arrais

Na orla da praia de Santos, crianças e adultos enfrentaram o primeiro desafio de vencer o friozinho deste outono e integraram os grupos de jogos, ginástica e caminhada. Era um dia especial e ninguém parou para analisar outro grande desafio que ainda temos pela frente – a preservação do meio ambiente. Principalmente a qualidade de nossas praias e águas, que não tem revelado um quadro animador.

 

O relatório da Cetesb - “Qualidade das Águas Litorâneas no Estado de São Paulo” (2006) - acusa uma piora da qualidade da água do mar em Santos nos últimos cinco anos. Aumentaram os percentuais de qualidade insatisfatória das praias, implicando na piora da condição de balneabilidade. Alguns exemplos: a praia do bairro de Aparecida em 2001 esteve 33% imprópria e no ano de 2006 apresentou-se 50% imprópria; a praia do José Menino, em 2001, figurou com 23% do tempo imprópria e no ano de 2006 a situação piorou para 41% imprópria para banho. 

 

Também piorou a qualidade dos cursos d’água afluentes às praias. Os canais, importantes peças na drenagem urbana, estão sendo usados como dutos de esgoto com sérias conseqüências para a saúde pública.

 

A poluição química ou o esgoto doméstico despejados num curso de água estuarina da Baixada Santista, certamente causará impactos negativos ao meio ambiente local. Contudo, o prejuízo não afeta apenas a cidade que produziu o poluente. A poluição não conhece fronteiras políticas. Ela se caracteriza pela dimensão regional e até global.

 

Neste Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho), mais do que valorizar a imagem, o som ou o movimento, o desafio é preservar. Olhar para o espaço, reconhecendo o sistema de organismos que devem viver em equilíbrio e compreendendo que a dimensão da questão alcança a toda a gente.

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