Segunda, 13 Mai 2024

Quando se anda de bicicleta, às vezes, o clima é um amigo da onça. Sol escaldante, ventos fortes, areia nos olhos, emissões dos veículos motorizados, frio e chuva. Mesmo assim, o ciclista por opção ou necessidade enfrenta o ambiente para chegar ao seu destino. Seria o “desbravador dos mares metropolitanos do século XXI” ?

 

Meu pai pedalou por 57 anos uma Husqvarna ano 47 (bicicleta sueca) de aro 28 com bagageiro moldado para carregar ferramentas e encaixe para bomba de encher pneu. Até o dia 15 de abril de 2004, quando vendeu o veículo em perfeito estado para um feliz comprador de Praia Grande.


 Foto: www.oilondres.com.br

Neste passado recente, quando meu pai era exemplo de ciclista em Santos, não se ouvia falar de seminários ou programas especiais, focando a bicicleta. Este veículo costumava ser relegado a uma categoria inferior de transporte, sendo considerado um brinquedo de criança ou um veículo de segunda (ou 3ª) classe, utilizado para lazer ou por pessoas de baixo poder aquisitivo.

 

Alguns vizinhos e amigos comentavam: ele anda de bicicleta porque é descendente de alemães. Curioso, nos países desenvolvidos, a bicicleta é um veículo importante, certamente devido ao grau de cultura e conscientização da população.

 

O presidente da CET-Santos, Rogério Crantschaninov, representando o prefeito da cidade João Paulo Tavares Papa, declarou no Seminário Bicicleta e Mobilidade Urbana (realizado nos dias 19 e 20 de abril), que o município vem colocando em prática a mobilidade urbana com inclusão social. “Basta ver os milhares de bicicletas que se deslocam pela cidade todos os dias. Quando se fala em mobilidade, fala-se em deslocamento democrático de um lugar para outro”.

 

Avanços na modernização e eficiência do transporte público estão sendo observados em relação à integração com a bicicleta. Em São Paulo e em Porto Alegre, por exemplo, já existem alguns pontos onde o ciclista pode estacionar com segurança e usar o trem urbano ou o ônibus em parte do trajeto.

 

A Política Nacional de Mobilidade Urbana estabelece diretrizes nacionais para a política de transporte coletivo e outros componentes do sistema de mobilidade. Busca formular e difundir um novo conceito de mobilidade urbana que incorpora dimensões econômicas, sociais e ambientais, tentando superar a visão fragmentada entre transporte público e trânsito e entre pneus e trilhos.

 

O planejamento urbano, o parcelamento, o uso e a ocupação do solo são destacados na Política de Mobilidade como fatores determinantes do modo de transporte utilizado. Os meios não motorizados de locomoção e o transporte coletivo assumem papéis prioritários.

 

Neste Dia do Trabalho, a CPTU incentiva os usuários de duas rodas na metrópole paulistana a fazerem turismo de trem e de bicicleta (leia mais). 

 

Na Baixada Santista, ainda será preciso trabalhar bastante para integrar o transporte metropolitano do século XXI.

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