Segunda, 13 Mai 2024

Complicados ou loucos, destacou semana passada o jornalista Pimentel, respectivamente conforme Madeleine Onclinx (representante do Porto de Antuérpia no Brasil) ou o Asterix (personagem gaulês de René Goscinny). 

 Foto: http://tintin.diletante.net
Na década de 50, os jornais começavam a mostrar as bandas desenhadas ou tiras de quadrinhos com aventuras fantásticas de ousados heróis que atravessavam mares cheios de piratas ou desertos escaldantes. Também havia aqueles que lutavam contra os malfeitores, bandidos fora da lei. Famosos dos USA chegaram os super-heróis Flash Gordon e Superman ou da Bélgica o Tintin e o Spirou.

 

O roteirista francês Goscinny, em parceria com o desenhista Albert Uderzo, criou em 1959 seu mais famoso personagem – Asterix. O personagem vivia no ano 50 a.C. numa aldeia da região da Gália. Onde? No vale do Reno, região européia que compreendia a França atual e parte do território hoje ocupado pela Bélgica, o oeste da Alemanha, além de porção do norte da Itália (Gália Cisalpina). As tribos gaulesas mantiveram constante hostilidade contra os romanos.

 

“Toda a Gália foi ocupada pelos romanos... Toda? Não! Uma aldeia povoada por irredutíveis gauleses ainda resiste ao invasor. E a vida não é nada fácil para as guarnições de legionários romanos nos campos fortificados de Babaorum, Aquarium, Laudanum Petibonum...” (introdução padrão dos episódios de Asterix).

 

Madeleine Onclinx é pessoa real do século XXI. Participou do XXII Encontro Nacional de Entidades Portuárias e Hidroviárias (Eneph) em Maceió (Alagoas) de 21 a 23 de março último. Fez parte como palestrante no painel “Modelos de Gestão Portuária”, juntamente com Paulo de Tarso Carneiro (Diretor do Departamento de Programas de Transportes Aquaviários do Ministério dos Transportes) e Márcio Righetti (Professor Dr. da Universidade Federal do Rio de Janeiro – Consultor em Direito Portuário).

 

Madeleine, a conselheira e representante do Porto de Antuérpia (saiba mais sobre o porto), acompanhada de Louis Van Schel, secretário-geral da instituição belga, esteve na Prefeitura Municipal de Santos, em 8 de fevereiro passado, estabelecendo as bases do protocolo firmado na última sexta-feira (30/03) para criação do Centro de Excelência Portuária.

 

Segundo o protocolo, caberá à Administração Municipal articular a implementação do Centro, solicitando apoio dos governos federal e estadual e dos demais municípios da Baixada onde o Porto de Santos opera (Guarujá e Cubatão). Deverá também se empenhar junto ao Conselho de Autoridade Portuária (CAP) para obter o reconhecimento oficial do Centro como atendendo a exigência da lei 8.630/93.

A Codesp disponibilizará as instalações necessárias e também atuará junto ao CAP e a outras entidades públicas apoiando a concretização do projeto. A Unifesp será responsável pelo desenvolvimento e implementação dos cursos de nível superior e de pós-graduação, como agente das trocas de tecnologias e de conhecimento com entidades nacionais ou internacionais.

O Sesi promoverá cursos e treinamento nas funções técnicas operacionais portuárias ou marítimas. Já o Sindicato das Entidades Mantenedoras articulará as parcerias entre as universidades privadas locais. Por sua vez, o Centro de Capacitação Profissional do Porto de Antuérpia (Apec) realizará cursos para a formação de professores e técnicos, que trabalharão no Centro de Excelência, auxiliando na transferência de tecnologia e no estabelecimento da grade curricular dos cursos técnicos e superiores a serem criados em Santos.

Por vezes complicado e parecendo loucura, investir na qualidade de vida da população dos portos e valorizar as cidades portuárias pode passar por protocolos como este do Centro de Excelência Portuária (Cenep).

E que o espírito renovador da Páscoa fortaleça as potencialidades desta iniciativa!

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