Cientistas têm pesquisado os efeitos da audição de música no combate a patologias do ser humano. O Journal of Advanced Nursing divulgou que um estudo realizado pelo Cleveland Clinical Foundantion, nos Estados Unidos, comprova que ouvir música pode ter efeitos benéficos no tratamento de dores crônicas.
Testes realizados em 60 voluntários, que há mais de seis anos vinham sofrendo com osteoartrite, hérnias de disco e artrite reumática, utilizando música, constataram uma redução de 21% nos níveis de dor. O índice das pessoas que apresentavam depressão em conseqüência da dor crônica diminuiu 25%.
Os voluntários podiam escolher as músicas numa lista de cinco gravações relaxantes, mas também era oferecida a possibilidade do participante optar pela audição de suas músicas favoritas. Teoricamente, alguém poderia escolher ouvir “And Then There Was Silence” (Blind Guardian), outro elegeria “Overture Egmont opus 84” – Romance para Violino e Orquestra nº 2 em Fá Maior de Ludwig Van Beethoven. Talvez a música favorita de um voluntário fosse “The first of Autumn”, no estilo “New Age” de Enya ou, quem sabe até “A Barca dos Amantes” de Milton Nascimento e Sérgio Godinho.
O sentido pelo qual se percebem os sons – a audição – pode ser bastante diferente de uma pessoa para outra. No espaço urbano, os sons produzidos pela diversidade de atividades também são captados de forma diferente pelos indivíduos. Como já havíamos dito, em semanas anteriores, tem gente que não suporta o canto das cigarras ou o apito dos navios. Em geral, porém, os veículos movidos a derivados de petróleo são responsáveis por grande parte da emissão de ruídos e poluição atmosférica nas cidades.
Uma questão sempre presente na realidade econômica e social da comunidade portuária de Santos é saber como aumentar as oportunidades de geração de renda e de riquezas em geral e como melhorar a qualidade do trabalho para toda a população da região da Costa da Mata Atlântica (mais conhecida como Baixada Santista). Ainda mais, como fazer isso de modo a contribuir para o desenvolvimento regional, preservando o meio ambiente.
Nesta linha, caminha o Plano Cicloviário, desenvolvido pela Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem). Com o objetivo de interligar os nove municípios da região numa rede de ciclovias, passando dos atuais 143 km para 521 km de pistas exclusivas (ciclovias e ciclofaixas).
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O diretor técnico da Agem, Carlos Zundt, explica que o “levantamento contou com a participação de todas as prefeituras da região, prestando informações dos equipamentos já existentes e utilizou diversas formas de pesquisa e coleta de dados, desde reunião com os técnicos municipais para identificar os planos existentes em cada cidade, contatos com concessionárias de rodovias como a Ecovias, DER, empresas que têm malha ferroviária, dutos no subsolo...entrevistas com ciclistas e empresas fornecedoras e consertadoras de bicicletas de forma a identificar os pontos, caminhos mais comuns e horários de picos”.
O Plano Cicloviário da Baixada Santista prevê três fases para sua implantação nos próximos vinte anos.
Primeira fase: até 2011 estão programadas ações de curto prazo, com a construção de 257,65 km de novas ciclovias, equivalente a 68,15% de toda a malha que será criada.
Segunda fase: de 2011 a 2016 são planejados 105,57 km (27,2% do total projetado) trechos vinculados à ampliação de vias como a extensão da Av. D. Pedro I, no município de Guarujá ou as avenidas perimetrais no Porto de Santos.
Terceira fase: de 2016 a 2026 está prevista a construção de 14,85 km referentes aos prolongamentos da Rodovia Manoel Hipólito do Rego até a praia de Itaguaré (Bertioga) e de outras vias importantes e também da Padre Manoel da Nóbrega até a divisa de Itanhaém/Peruíbe e do Eixo Viário do Túnel Central de Santos.
O presidente da Associação dos Ciclistas de Santos – Ciclosan, Rubens de Oliveira Braga acredita que “a prioridade da ciclovia é para colaborar com o meio ambiente porque reduz a emissão de poluentes na atmosfera”.
Se houvesse um circuito de ciclovias na Baixada, você faria opção pelas magrelas?