“As bolas difíceis não sei: pego umas... outras entram...
O que procuro garantir é que as fáceis não entrem!”
(Gilmar – grande goleiro da Copa/58:
questionado como pegar bolas difíceis).
Grande parte das mídias, nas viradas de ano, é ocupada com previsões de futuro. Analistas, videntes e palpiteiros têm seu espaço garantido!
Europa resolverá sua crise? Obras da Copa e Olimpíadas resgatarão seus cronogramas? China reduzirá o ritmo de crescimento? Surpresas nos inúmeros países que terão eleições gerais? Nossos maus indicadores econômicos, do final de 2011, foram pontuais ou trata-se de uma tendência? A Bolsa; o Dólar, como terminarão o ano? Quantas medalhas o Brasil trará de Londres? Há palpites para todos os gostos!
Há muito de imponderável. Mas isso nos exime de definir uma agenda? Estabelecer metas? E, claro, nos comprometer e cumprir?
Para a logística brasileira, que avanços poderíamos ter em 2012? Algumas sugestões:
Concluir, o mais cedo possível, os instrumentos de planejamento nacional: PNLT, PNLP, PGO, estudo portuário do BNDES e plano hidroviário. E, mais importante, que eles fossem convergentes: O pior, seria haver diferenças de estratégia entre eles, ou, mesmo, de prioridades. Também, que os portos, ora revisando seus PDZs, nos ofertem textos menos dissertativos (cultura geral) e mais assertivos (não hipotéticos ou condicionais), articulados intermodalmente e com seus municípios, claros e legitimados junto à comunidade. Isso, para balizar e dar segurança, tanto aos planos e orçamentos públicos, como aos projetos e investimentos privados.
Lógico: Planos são para serem cumpridos. E orçamentos executados: Poderíamos almejar ultrapassar, pelo menos, a barreira dos 50% de execução?
Há temas empoeirados! A solução para os contratos de arrendamento firmados antes da “Lei dos Portos”; essencial para a estabilidade jurídica e destravar, aí, novos investimentos. E o insolúvel imbróglio do “Portus”? A “família portuária” aguarda e os executivos das Docas precisam se liberar para se dedicar a seus portos! A conclusão da revisão da Norma de Dragagem (CONAMA-344), esperançosamente com uma norma mais inteligente e eficaz; solução de compromisso entre o ambiental, o econômico e o social.
É sonho? Muito para 12 meses? Ao trabalho!
Ah! Sugestões para a agenda são bem vindas.
Próximo: “Gestão Pública X Gestão Privada”