Sábado, 21 Dezembro 2024
De janeiro a agosto deste ano, a China vendeu ao Brasil US$ 2,67 bilhões em têxteis e vestuário, de acordo com dados divulgados por Wan Yu, vice presidente da China Chamber of Commerce for Import and Export of Textiles & Apparels. No período, a corrente de comércio total entre os dois países somou US$ 56,1 bilhões, dos quais US$ 31,8 bilhões em exportações brasileiras e US$ 24,3 bilhões em importações.

Segundo Wang Qinguan, conselheiro econômico comercial da China no Brasil, em 2012, a China foi o maior fornecedor de produtos têxteis para o Brasil exportando US$ 3,32 bilhões, aumento de 14,1% ante 2011. “Esse montante equivale a 50,33% das importações de têxteis e vestuário do Brasil”, afirmou. Em contrapartida, no ano passado, a China importou do Brasil US$ 900 milhões, em têxteis naturais e sintéticos.

Foto: Portal Terra

Indústria têxtil brasileira mantém cada vez menos funcionários

E os chineses não querem parar por aí, trabalhando no sentido de aumentar a pauta de exportações de têxteis para o território tupiniquim. A China produz em grande escala, já que abriga 1,3 bilhão de pessoas e investe em crescimento econômico de forma expressiva. Países que também são fortes na produção têxtil necessitam de política agressiva para superar os chineses.

Na última semana, durante a feira GoTex, realizada em São Paulo para a divulgação de produtos fabricados no país asiático, o clima esquentou. Enquanto representantes da indústria têxtil brasileira protestaram contra o evento, conforme mostrado por este Boletim Informativo Interface, questionando a grande perda de postos de trabalho, a Associação Brasileira do Vestuário reagiu. Compradores dos produtos chineses, alegaram que o problema está na grande carga de impostos que incidem sobre a produção nacional, índice que ultrapassa 40%.

A China, definitivamente, é pauta principal do setor têxtil brasileiro.

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