Quarta, 01 Mai 2024

O custo logístico brasileiro é um dos maiores do mundo e atravanca o desenvolvimento do País. A maior parte dos custos estão ligados às péssimas estradas - especialmente as federais -, à burocracia nos portos, à falta de capacidade das ferrovias e a altos gastos com armazenagem.

O gasto da empresa instalada no Brasil com logística é cerca de 8% maior dos que nos principais países concorrentes. Um percentual alto, que chega a ser a margem de lucro de empresas bem administradas mundo afora.

Para piorar, pesquisa do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos) divulgada nesta semana indica que os custos logísticos voltaram a crescer no Brasil. A combinação desses valores consumiu 11,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 - R$ 507 bilhões - após recuar em 2010 (10,6%) e 2008 (10,9%).


Congestionamentos nas estradas e falta de tecnologia utilizada na recepção de caminhões
em terminais portuários também contribuem para o aumento dos custos logísticos

O transporte foi o que mais pesou no aumento, chegando a 7,1% (R$ 312,4 bilhões) da composição do custo logístico em proporção ao PIB. É a maior porcentagem desde 2004, quando representava 7,5%. O custo com transporte é composto por itens como o preço do diesel, pedágio e seguro. Na conta dos custos logísticos totais do País entram também gastos com estoque (3,2%), armazenagem (0,8%) e administrativos (0,4%).

Editorial do jornal O Estado de S. Paulo desta sexta-feira (11) coloca o Governo Federal como vilão da história, com mais responsabilidade, segundo o periódico, do que as esferas municipal e estadual. "Somente a enorme eficiência da produção mineral e agropecuária - e a existência de ferrovias-modelo, como a Vitória-Minas e a Carajás, da Vale - evita que os custos logísticos transformem o Brasil num exportador marginal de commodities".

E assim os produtos nacionais carregam em sua composição de preços o (grande) peso da ineficiência logística no País. Embora o panorama geral aponte que o profissional importador-exportador esteja de mãos atadas é preciso se mexer (no ambiente interno e externo de trabalho) para reduzir esses custos.

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