Sexta, 27 Dezembro 2024

A partir da próxima quarta-feira (04/05), inicio a oficina Conheça Santos por meio da Literatura, que acontece no Fórum da Cidadania e Cultura de Santos, no litoral paulista (clique aqui para obter mais detalhes).

Por causa disso e da releitura de alguns livros para preparar o material para o curso, o Porto Literário de hoje retoma uma das obras que mais rendeu textos nos já quase seis anos deste espaço, “Navios Iluminados”, romance de Ranulpho Prata, escritor que chega a Santos em 1927 para assumir como médico pneumologista da Santa Casa. Sergipano de nascimento (Lagarto, 1896), ele publica seu primeiro livro em 1918. Termina os estudos de Medicina no Rio de Janeiro entre 1920 e 1921, período em que conhece Lima Barreto no hospital em que este estava internado, já perto da morte, onde o jovem médico escritor torna-se amigo de uma das principais figuras da literatura brasileira. É em sua obra que Prata se espelha para publicar anos depois, em 1937, “Navios Iluminados”, o primeiro romance a tratar do Porto de Santos e dos moradores do bairro do Macuco que vivem à beira do cais.

Mas o assunto do dia não é a história que lemos no livro, do que ocorre com seus personagens. Ao invés disso, trata-se de uma breve história do próprio livro, desde sua primeira edição.

I
Ranulpho Prata não publicava ficção desde que havia se mudado para Santos. Além da Santa Casa, clinicava também na Beneficência Portuguesa, no ambulatório que atendia estivadores e em seu próprio consultório, experiência que serviu de base para algumas das cenas do romance.

 Ilustração: Aldemir Martins
A trajetória de José Severino de Jesus, migrante do sertão baiano que tenta a vida como estivador no Porto, é publicada pela editora José Olympio, do Rio de Janeiro, a mesma que publicaria no ano seguinte “Vida Secas”, de Graciliano Ramos, com a trajetória do retirante Fabiano e sua família. Além da editora, as duas obras têm em comum protagonistas em completo despreparo para lidar com o meio social, não importa se o do sertão ou o cais.

Clique aqui para ler a segunda parte deste artigo.

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