Caros leitores,
Neste artigo, vamos prosseguir com a série sobre a navegação fluvial na Inglaterra, abordando o declínio da atividades.
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Leia também
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No século XIX, outros canais importantes foram construídos como o Caledonian Canal e o Manchester Ship Canal, mas a competição com as estradas de ferro na segunda metade do século XIX reduziu o mercado dos canais ingleses, assim como as melhorias nas rodovias e a tecnologia do automóvel no início do século XX, o que significava que o caminhão seria a grande ameaça do transporte fluvial, já debilitado pelo trem.
Os pedágios para utilização dos canais e eclusas foram reduzidos para competir com a ferrovia e rodovia, mas era uma pequena ação para as grandes reduções necessárias. As companhias proprietárias do Regent’s Canal e do Grand Junction Canal concordaram que fusão e modernização seriam o único caminho para permanecerem competitivas. Além disso, muitos canais foram adquiridos pelas companhias ferroviárias com o objetivo de eliminar a concorrência com a emergente estrada de ferro. Dessa maneira, sendo menos competitivo que os trens, os canais estreitos, com embarcações de apenas 30 toneladas, faliram rapidamente.
Fotos: Victor Thives dos Santos
Antigas embarcações de navegação fluvial, agora utilizadas como
moradia, atracadas nas margens do Rio Tamisa – Londres, 2012
O século 20 trouxe a competição com o transporte rodoviário, e somente as empresas dos canais mais fortes sobreviveram até a 2ª Grande Guerra Mundial. Após a Guerra o declínio do transporte remanescente na navegação fluvial foi rápido, e pelos meados dos anos 60 o único testemunho do transporte fluvial era o que restava nas hidrovias largas e industriais. Atualmente, o transporte fluvial na Inglaterra é pequeno, apenas 0,1 % em 2010, bem menor que na Europa continental, cuja média é 6,5 %.
Referências
http://www.britishwaterways.co.uk/