Quarta, 27 Novembro 2024

Transporte / Logística

Ativa, a indústria ferroviária tem mantido em 2015 o ritmo de lançamentos de soluções para o setor, que espera mais de R$ 6 bilhões de investimentos até dezembro e um faturamento de 5 a 10% maior que o obtido em 2014. Resultado da produção estimada em quatro mil novos vagões, 90 locomotivas e 420 carros de passeios, responsável por manter a cadeia de fornecedores com uma cartela real de pedidos. As novidades do mercado para o setor serão destaque no pavilhão de exposições da NT Expo - Negócios nos Trilhos, principal evento do setor metroferroviário da América do Sul, que acontece em novembro.Mais de 230 marcas nacionais e internacionais aproveitarão a oportunidade para apresentar as últimas tendências e inovações em equipamentos, infraestrutura, serviços e manutenção para os mais de nove mil visitantes qualificados,  interessados em realizar negócios com empresas fornecedoras da indústria férrea. Uma das empresas que integra a lista é a Imexbra Trading, especializada na fabricação de produtos ferroviários, que exibirá um sistema que reduz o consumo de diesel em marcha lenta. A tecnologia foi desenvolvida em parceria com a fornecedora romena, Tehmin-Brasov, fabricante de sistemas auxiliares para redução do consumo de combustível quando o trem está parado ou movimento no pátio. "É um sistema bem simples e traz um custo beneficio muito bom como a  diminuição de poluentes e queima de óleo e diesel", explica o diretor da Imexbra Trading, Alejandro Sicardi, destacando que a tecnologia reduz em 50% o consumo de combustível, 30% o consumo de óleo e custo da manutenção do motor, além de aumentar a disponibilidade da locomotiva em 20%.  Outra companhia expositora, a Schwihag-AG é líder em tecnologia inovadora de trilho e AMV. Os sistemas da Schwihag são utilizados em trens de alta velocidade e de carga, metrôs, sistemas metroviários ou bondes. O objetivo é otimizar a funcionalidade de AMVs e equipamentos de trilhos para reduzir custos de manutenção e proteger o meio ambiente. No segmento de peças e equipamentos a Comprem, maior fabricante de dormentes da América do Sul, lançará os novos modelos de dormentes AMV para vias sem lastro. O conjunto é formado por cinco tipos de blocos LVT e dormente TW-120 para VLTs. A Randon S.A. – Divisão Ferroviária,  fornecedora de vagões desde 2004, vai aproveitar o momento para estreitar ainda mais o relacionamento com seus clientes, evidenciando a tecnologia de ponta desenvolvida e utilizada para os modais ferroviário e metroviário de transporte de carga e de passageiros. A empresa já fabricou mais de sete mil unidades de vagões dos modelos hopper (graneleiro), gôndola, tanque, telescópico, sider e plataforma. "Apesar da conjuntura econômica brasileira adversa, o segmento ferroviário está ativo e a empresa está investindo no segmento", concluiu o diretor de exportação e marketing, César Alencar Pissetti, observando que a Companhia tem investido fortemente em tecnologia neste setor para manter sua competitividade no mercado.Público compradorPara se ter uma ideia do crescimento da cadeia produtiva, o número de profissionais que visita a feira em busca de produtos e serviços chegou a 9023 em 2014, acréscimo de 25% nos últimos anos se comparado à 2010, quando o evento registrou a presença de 6.967 visitantes. "É um público altamente qualificado, com capacidade técnica e poder de decisão. É este fluxo que faz com que a NT Expo continue na vanguarda entre os eventos do setor como oportunidade ímpar para geração de negócios, networking e discussão de tendências. Nesta edição, esperamos novamente superar este números com crescimento o dos negócios", aponta o gerente da feira, Renan Joel. Os operadores de cargas e passageiros respondem por mais de 25% da visitação e, na última edição, 66% dos visitantes participaram com o intuito de conhecer novos produtos, procurar novos parceiros e fechar novos negócios.

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A Justiça Federal em São Carlos proibiu a empresa Evialis do Brasil Nutrição Animal LTDA. de promover o transporte de seus produtos em carregamentos que superem os limites de peso permitidos para veículos em rodovias federais. A decisão liminar atende a um pedido do Ministério Público Federal, que havia ajuizado uma ação civil pública contra a empresa por desrespeito reiterado à legislação de tráfego. A companhia ainda está sujeita ao pagamento de multa de R$ 50 mil em cada ocorrência de descumprimento da ordem judicial.
 
Segundo as investigações que deram origem à ação do MPF, a Evialis foi autuada 979 vezes por flagrantes de transporte excessivo pela Polícia Rodoviária Federal e o Departamento de Infraestrutura de Transportes (DNIT) entre 2010 e 2013. A empresa, sediada em Descalvado/SP, é uma das maiores do setor no Brasil, proprietária de marcas de ração como Purina, Socil e Zoofort. Ao final do processo, o procurador da República Ronaldo Ruffo Bartolomazi pede que a companhia seja condenada ao pagamento de indenizações de R$ 11,5 milhões por danos materiais e R$ 4,2 milhões por danos morais.
 
Além de aumentar a possibilidade de acidentes e danificar o asfalto, o transporte de carga com excesso de peso é causa de prejuízos ambientais devido à necessidade mais frequente de manutenção das estradas, com uso e descarte de materiais poluentes e liberação de gases tóxicos. Ao trafegar com produtos acima do limite de peso estabelecido, a Evialis feriu também a ordem econômica, uma vez que a prática reduz os custos do frete, gerando uma concorrência desleal em relação aos empresários que cumprem a legislação.
 
O número da ação é 0002183-82.2015.403.6115. Para acompanhar a tramitação, acesse http://www.jfsp.jus.br/foruns-federais/
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O Ministério Público Federal em Jales, no interior de São Paulo, entrou com ação civil pública para que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) reveja a licença ambiental expedida à empresa pública federal Valec – Engenharia, Construção e Ferrovias S.A. para as obras de ampliação da Ferrovia Norte Sul – Extensão Sul, entre Ouro Verde/GO e Estrela D´Oeste/SP. O inquérito instaurado pelo MPF para acompanhar o empreendimento constatou que a companhia realizou intervenções potencialmente poluidoras em adutoras de vinhaça, elemento altamente corrosivo, decorrente da destilação do álcool, que pode causar danos ambientais ao solo e aos cursos d'água, como a mortandade de peixes por asfixia.

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Há pouco mais de um mês em vigor, o contrato de conservação da BR-285/RS, na região norte do Estado do Rio Grande do Sul, já realizou melhorias significativas no trecho. Além da implantação da terceira faixa, entre Passo Fundo e Carazinho, estão sendo executados serviços de limpeza, revitalização da sinalização e melhorias na pista. Até agosto de 2017 serão investidos em 103 quilômetros de rodovia mais de R$ 13,5 milhões. O valor será aplicado conforme a necessidade ao longo destes dois anos.

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Representantes da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), do Ministério dos Transportes, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, da Conab, da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), do Sindicato dos Armadores de Navegação Fluvial de São Paulo (Sindasp)/Fenavega/CNT, das empresas de navegação, entre outras entidades, se reuniram, no dia 23 de setembro último, para discutir a paralisação da navegação na Hidrovia Tietê-Paraná. O transporte de cargas pela via fluvial está prejudicado desde abril de 2014. Nesta reunião, também foram discutidas questões sobre mão de obra e sobre o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da Hidrovia do Madeira.

O Movimento Pró-Logística é composto pela Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), Associação Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Organização das Cooperativas Brasileiras em Mato Grosso (OCB/MT), Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), pelo Sistema Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso (Fecomércio/MT), pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea/MT), pela Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) e pelo Instituto Ação Verde.

Devido à estiagem do ano passado que atingiu a Região Sudeste, a água foi destinada para as hidrelétricas para a produção de energia. As usinas de Três Irmãos e Ilha Solteira passaram a gerar mais energia, reduzindo o nível dos seus reservatórios, que são interligados pelo Canal Pereira Barreto. Isso prejudicou a navegação na Hidrovia Tietê-Paraná. “Foi uma decisão unilateral do Operador Nacional do Sistema Elétrico”, disse o diretor-geral da ANTAQ, Mário Povia, que participou da reunião.

Povia destacou que a Casa Civil é um órgão neutro e, portanto, deve conduzir a discussão sobre a navegação na Hidrovia Tietê-Paraná. “O setor elétrico não pode ficar à frente das discussões. A Casa Civil é o órgão ideal para a condução dos trabalhos. Nós não somos contra o setor elétrico. Porém, defendemos o uso múltiplo das águas”, apontou Povia.

O diretor da ANTAQ, Adalberto Tokarski, disse que a Hidrovia Tietê-Paraná é uma das principais vias para o transporte de cargas e fundamental para a logística do país. “A Tietê-Paraná é estruturada, já foram feitos investimentos nela. É uma hidrovia que é um espelho para as outras. Portanto, a navegação não pode ficar paralisada”, afirmou.

Durante a reunião, o representante do Sindasp, Marcelo Castro, destacou que se houver uma redução da vazão para a produção de energia até março de 2016, é possível que se tenha calado mínimo para a navegação. Castro informou também que, desde 5 de agosto, foi registrado um aumento de dois metros nos reservatórios. “Isso já é um avanço”, comemorou o diretor da ANTAQ, Adalberto Tokarski.

No mesmo dia da reunião, a Assessoria de Comunicação da ANTAQ entrou em contato com o presidente da Fenavega, Raimundo Holanda, que não pôde participar do encontro. Por telefone, ele se mostrou otimista em relação à Tietê-Paraná. Disse que se esse aumento for mantido, a previsão é que a navegação na hidrovia seja normalizada em março do ano que vem. “Nós não somos contra a produção de energia. Sabemos que o setor elétrico é vital para o país. Mas queremos que se cumpra a lei do uso múltiplo das águas. Nossos recursos hídricos devem servir para a navegação, para a agricultura, para a psicultura e para a produção de energia elétrica”, afirmou Holanda.
 
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