A Receita Federal divulgou ontem o estudo comparativo da carga total recolhida em 2009, com o valor do Produto Interno Bruto (PIB) do mesmo ano. Essa relaçao teve uma pequena queda, mas não há nada a comemorar. Pelo contrário, o problema permanece e tende a aumentar. Os tributos federais, estaduais e municipais somados chegaram a R$ 1,055 trilhão no ano passado, o que correspondeu a 33,58% do PIB. Em 2008, essa relação tinha sido de 34.41%. A redução foi um dos efeitos da crise financeira mundial, que, além de ter levado a economia brasileira a um breve recessão, obrigou o governo a desonerar algumas cadeias produtivas, como as de automóveis, geladeiras e fogões. Foi, portanto, pontual e de curta duração. Para 2010, especialistas já projetam carga equivalente a 37% do PIB.
Com mais de dez mil quilômetros de costa marítima, mas com o transporte de cargas internas realizado praticamente pelo modal rodoviário, o Brasil começa aos poucos a discutir e a buscar os meios adequados para dinamizar e expandir o transporte de cabotagem - movimentação de cargas entre portos de um mesmo País. Para tanto, muitos fatos, ou remadas, ainda precisam ser dados para quebrar, inicialmente, a cultura do caminhão, que subsiste apesar das péssimas condições das estradas brasileiras.A observação é do consultor e professor de logística, Heverson Inamar Souza, para quem o transporte de cabotagem não crescerá sozinho, sem antes assegurar uma maior interface com os modais rodoferroviários e até aeroviário. Nesse sentido, ele aponta a necessidade de se melhorar os acessos aos portos para caminhões e trens; bem como equipá-los com melhor estrutura de logística, com equipamentos modernos para agilizar os procedimentos de carga e descarga, além de uma legislação mais ágil e menos burocrática. "Continuamos a praticar o intermodalismo, em vez do multimodalismo", alerta Souza.Palestrante da Feira de Transporte Intermodal e Logística (Transmodal Brasil) que transcorre até amanhã, em Fortaleza, ele avalia ainda que as relações trabalhistas também precisam ser melhor discutidas, como forma de melhor capacitar e elevar a produtividade dos trabalhadores portuários.Mar calmoSouza ressalta no entanto, que nem tudo é só dificuldades e que muitos dos problemas poderiam ser facilmente resolvidos, tendo em vista a boa disposição e localização dos portos brasileiros. "Nossos portos são de fácil acesso, nosso mar é calmo e o clima é bom e sem intempéries, o que torna a navegabilidade mais segura e tranquila", (em relação ao transporte rodoviário), ressalta o professor.Apesar de tudo, reconhece que "as tarifas portuárias ainda são muito elevadas" e os custos para transporte de cabotagem entre portos de uma mesma região também não são ainda, competitivos. "Mas entre regiões, em distâncias maiores, os custos se diluem e pode se tornar mais competitivo", defende.Opinião semelhante tem o diretor da Transmodal, Feliciano Monte Ramos, para quem a interface entre os vários modais beneficiará a todos, à medida em que favorece a ampliação do volume de cargas transportadas. "A melhoria do ferroviário favorece até as transportadoras, que podem operar em trechos menores, a partir da criação dos centros de distribuição", diz.
RIO - O engenheiro e ex-presidente da BR Distribuidora Rodolfo Landim, que por quatro anos foi o braço direito de Eike Batista nas empresas do grupo EBX, entrou com uma ação contra seu antigo chefe e atual desafeto. De acordo com informações do advogado de Landim, Sérgio Tostes, Eike não teria cumprido um acordo de sociedade que os dois haviam firmado. "Havia uma relação de sociedade, mas Eike não cumpriu sua parte", afirmou.
Em encontro com tuiteiros no último dia 19 de agosto, o empresário Eike Batista lembrou o início de sua trajetória profissional e explicou por que um pouco de stress é sempre bom.
Rodolfo Landim, ex-presidente das empresas MMX (mineração), OGX (petróleo) e OSX (construção naval), de Eike Batista, entrou com ação judicial contra o empresário exigindo 1% de participação na holding EBX.