Segunda, 19 Mai 2025

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Em assembléia realizada hoje (02), na porta da empresa Engemasa, pela direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Região, os trabalhadores fizeram 30 minutos de protesto, atrasando a entrada do turno e aprovaram o Estado de Greve.O motivo da decisão dos trabalhadores é que a empresa se comprometeu no início do ano, em reunião realizada na Sede do Sindicato, a rever a decisão de ter cortado diversos benefícios aos funcionários, como o plano de saúde (pagamento de despesas médicas), que foi extinto e a cesta básica, que foi cortada para quase todos os trabalhadores.Além disso, a empresa havia dito também que até o mês de abril se reuniria com a direção do Sindicato, que propôs uma negociação independente da PLR 2011 (Participação nos Lucros e Resultados), já que atualmente segue o Acordo do CIESP (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).Segundo o presidente do Sindicato, Erick Silva, a entidade sindical está à disposição para discutir um caminho para resolver esses problemas. “Perdemos a conta do número de vezes que procuramos a empresa para tentar um diálogo, o que não ocorreu. Com a forte organização dos companheiros, que cansaram de ser desrespeitados, nossa alternativa é dar continuidade a mobilização até que a empresa respeite os trabalhadores”, afirmou ele.Uma plenária será realizada no sábado, dia 04, às 9h, na Sede do Sindicato, para os trabalhadores decidirem quais serão os próximos encaminhamentos.

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Escrito por: Leonardo Wexell Severo

Antônio Martins: sem dinheiro, com dores e sequelas.
Antônio Martins: sem dinheiro, com dores e sequelas.

 

A intensidade do ritmo de trabalho nos frigoríficos avícolas, aliada às péssimas condições ergonômicas e às baixas temperaturas das salas de corte têm turbinado as doenças profissionais, e o conseqüente consumo de medicamentos, corroendo os já baixos salários dos seus funcionários. Um estrago na saúde dos trabalhadores e um rombo no orçamento familiar, que divide os ganhos enquanto multiplica o número de farmácias.

Em Sidrolândia, cidade de pouco mais de 40 mil habitantes no interior do Mato Grosso do Sul, a Seara/Marfrig emprega 2.800 trabalhadores, que têm sofrido com lesões, mutilações e depressões, literalmente em carne e osso. Só nesta segunda-feira (30 de maio) foram 30 audiências movidas por trabalhadores contra a empresa no Fórum da cidade. Outras 14 estão marcadas para o dia 17 de junho. A localidade, que abrigava cerca de quatro farmácias há cerca de 15 anos, agora tem 12.

Funcionário da Seara desde 2004, Antônio Martins Santana denuncia que foi “abandonado pela Marfrig”. “Estou com rompimento nos tendões do braço, tendinite e bursite. Como possuo crédito consignado pego uns R$ 450 por mês. O médico me pediu a cirurgia a laser e receitou uma medicação de R$ 200 para o braço, além da de R$ 29 para a coluna, sem contar a fisioterapia que também sai do meu bolso. Fiz o pedido da cirurgia na Unimed da Seara em Campo Grande e eles mandaram para a matriz em Santa Catarina. Não pude fazer a cirurgia, não foi liberada”, denunciou. “O médico me falou que vou morrer com esse problema. Tenho 39 anos e sempre acordo a noite para colocar pedra de gelo amarrada nos braços para a tendinite e uma bolsa de água quente na coluna e nas costas. A ressonância apurou o rompimento nos tendões dos dois braços e o desgaste da cabeça do osso. Sem a redução da carga horária e do ritmo, o número de mutilados não vai parar de aumentar. É muito puxado, muito penoso, muita gente com sequela”, acrescentou.

A Previdência Social tem dois códigos de doença profissional: o 91, que garante estabilidade, obrigando a empresa a recolher o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), ao ser reconhecida como doença ocupacional do trabalho; e o 31, que pode ser qualquer doença, não vinculando a enfermidade à atividade profissional desenvolvida. Para a Seara e os médicos do trabalho que mascaram seu açoite, o caso de Antonio é, como a quase totalidade dos demais, “31”. "Passei no perito em março e ele me deu um atestado até agosto. Enquanto isso, fico com a dor e a insegurança", relata Antônio.

Seu Wilson Roberto, há 20 anos proprietário da Drogaria Cidro, lembra que “todo dia tem receituário para dor, anti-inflamatório e analgésico para o pessoal da Seara, tendo aumentado muito a venda de anti-depressivos”. “Acho que a Seara devia tentar adaptar os trabalhadores lesionados para que não chegassem a um ponto onde não há mais possibilidade de retorno a uma vida normal”, disse.

Farmacêutico responsável pelo Posto de Saúde de Sidrolândia, Rodrigo Novais, lembra que os trabalhadores da Seara procuram o local “toda hora”, e que 95% das reclamações dizem respeito a problemas nas articulações, nas mãos, no ombro e na coluna, adquiridos na desossa do frango. Os mais prejudicados, conta, precisam de injeções para acalmar a dor: “são 3 ou 4 injeções por dia”. Com tanta procura, obviamente faltam medicamentos.

AFASTAMENTOS

Sérgio Bolzan, presidente do Sindaves:
Sérgio Bolzan, presidente do Sindaves:

As estatísticas do próprio INSS sobre os afastamentos do trabalho motivados por determinadas doenças profissionais, conforme a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2012), aponta que o setor registra um número elevado de dorsopatias (que afetam os ombros), com índice de prevalência (que ocorre com mais destaque) de 226%, contra 500% dos transtornos dos tecidos moles (doenças osteomusculares, com dores no braço e no antebraço). “Estes trabalhadores precisam realizar muitas flexões e movimentos de punho, o que acaba inflamando o nervo mediano, responsável pela sensibilidade e motricidade do polegar e de alguns dedos e músculos da mão, o que causa a síndrome do túnel do carpo”, explica Sérgio Roberto de Lucca, da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp.

Os movimentos repetitivos sem o tempo necessário para a recuperação são responsáveis pela inflamação e edema do túnel do carpo. Está comprovado que mais de oito ou nove repetições por minuto impedem o punho de ter tempo suficiente para produzir o fluido lubrificante da articulação. No caso da indústria avícola são, sempre, dezenas de movimentos repetitivos por minuto. O atrito que ocorre na ausência de lubrificação ocasiona edema e lesões.

NERVOS E HUMOR

Conforme o procurador do Trabalho, Sandro Eduardo Sardá, de Florianópolis, Santa Catarina, a depressão é outro mal à espreita, já que “o índice de prevalência de transtornos de mau humor entre os trabalhadores da indústria avícola é quatro vezes superior ao normal, enquanto o transtorno dos nervos chega a ser oito vezes maior”.

“Isso se traduz em muita ansiedade e depressão”, acrescenta Lucca, lembrando que o ritmo acelerado de trabalho sem pausas tem provocado uma “epidemia nos grandes frigoríficos”.

Sandro Sardá relata que a cadência elevada e imposta pelas máquinas, a impossibilidade do trabalhador determinar o ritmo e o modo de execução, a pressão por metas, as posturas inadequadas dos membros superiores, tronco e cabeça, o trabalho estático dos membros superiores e inferiores, somada à exigência de força no manuseio de produtos a baixa temperatura expõe o trabalhador a um alto risco. Além disso, frisa o procurador, o trabalho é feito preponderantemente em pé, com espaços exíguos que impedem a livre movimentação, exposição contínua a níveis de ruído acima de 80 decibéis e ainda a exposição à umidade e riscos biológicos (carne, glândulas, vísceras, sangue, ossos). “Isso explica porque há uma verdadeira legião de lesionados, sobretudo jovens”, aponta.

A inadequação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores (Norma Regulamentadora 17) é visível, diz o procurador. Os números a seguir são relativos a uma jornada de 8h48, existente em frigoríficos avícolas de Santa Catarina. Para cortar e abrir as coxas/sobrecoxas da carcaça cada trabalhador encara 17 frangos por minuto, com quatro movimentos por frango (3 cortes), num total de 60 movimentos por minuto; 4.080 mov/hora e 35.000 mov/dia. Para retirar a coxa/sobrecoxa da nórea (a correia que transporta as aves penduradas na linha de produção) com ambas as mãos: 25 peças por minuto, 3 movimentos por peça, total de 75 movimentos por minuto, 4.500 hora; 40.000 dia; Desossa de coxa e sobrecoxa, com ambas as mãos: 4 peças por minuto, com 11 cortes por peça, mais 9 movimentos, total de 80 movimentos por minuto; 4.800 hora e 42.000 dia; Retirar cartilagem de peito na carcaça, na nórea, utilizando ambas as mãos: 26 peças por minuto, 3 movimentos por peça, total de 78 movimentos por minuto, 4.600 hora e 45 mil dia; Separar coxa da sobrecoxa desossada, com ambas as mãos: 30 peças por minuto, com 4 movimentos por peça, total de 120 movimentos por minuto, 7.200 hora, 63 mil dia.

Estudo de Sardá sobre o ambiente de trabalho nos frigoríficos aponta que “entre 2005 a 2009 nenhuma atividade econômica gerou tanto adoecimento nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais”.

DROGARIAS

Proprietário da Drogaria Fabrício, em Sidrolândia, Laurindo dos Santos aponta que os anti-inflamatórios são os campeões de venda, já que o grosso dos problemas de saúde dos trabalhadores da Seara está vinculado a dor por inflamação muscular.

Com tendinite nos dois ombros, Sônia, aos 32 anos, tenta amenizar a dor
Com tendinite nos dois ombros, Sônia, aos 32 anos, tenta amenizar a dor

Na visita a uma farmácia da cidade encontramos Sônia Aparecida de Freitas, 32 anos, há 12 trabalhando na Seara. Ela sofre com tendinite nos dois ombros adquirida na sala de cortes. “Sou balanceira, peso os frangos de dois quilos e coloco nos pacotinhos. Temos também os pacotes de sete quilos e meio. Precisamos encher a bacia e por na balança. Outra pessoa abre o saco e eu coloco as aves dentro. Faz uns cinco anos que a dor vem forte, começa a arder os ombros e a coluna. Então tomo remédio. Às vezes melhora, mas já no outro dia continuamos trabalhando na mesma função e temos de cumprir a meta. Não tem jeito”, desabafa Sônia. “Pagamos 30% do plano médico da Unimed, mas as dez sessões de fisioterapia vão sair do meu bolso”.

Ao lado de Sônia, o marido Ronaldo de Lima conta o dinheiro para a compra dos medicamentos. “Vamos levar”, diz ao farmacêutico. Ela elogia o companheiro: “não tenho mais força nos braços. É ele quem lava e passa a roupa lá em casa”.

O piso pago em Sidrolândia é de R$ 620,00, com 30% dos funcionários recebendo este valor para 220 horas mensais de segunda a sábado. Os trabalhadores da produção recebem R$ 872,00 e os do setor do congelamento R$ 957,00. “Quando defendemos a Participação nos Lucros e Resultados a Seara veio com metas inatingíveis, que só lesionariam ainda mais os trabalhadores. Se já temos um número altíssimo de companheiros afastados pelas sofríveis condições de trabalho que vêm sendo impostas, imagine o que ocorreria”, denuncia o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação de Sidrolândia, Sérgio Bolzan. De acordo com o Sindicato, para cada dez Comunicações de Acidente de Trabalho (CAT), a empresa sonega nove, o que obrigou a entidade a entrar com uma denúncia junto ao Ministério Público.

A Marfrig, dona da Seara, não tem do que reclamar. O procurador atesta que o desempenho da empresa, pelos últimos números disponíveis, vem sendo “muito bom”: “Em 2008, a receita líquida atingiu R$ 6,2 bilhões, 86% superior aos R$ 3,3 bilhões registrados em 2007. No terceiro trimestre de 2009 a receita líquida foi de R$ 2,5 bilhões, um crescimento de 54,5% em relação ao terceiro trimestre de 2008”.

Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (Contac/CUT), Siderlei de Oliveira, os números são incontestáveis e expõem a realidade do setor avícola brasileiro. “Isso mostra a importância que tem a aprovação da Norma Regulamentadora dos Frigoríficos, em tramitação na Comissão Técnica Paritária Permanente (CTPP) do Ministério do Trabalho. Não podemos mais permitir que em nome de lucros, cada vez maiores, as empresas continuem incapacitando os seus trabalhadores. Queremos uma NR que reduza o ritmo e a jornada de trabalho, estabeleça pausas e garanta a saúde e a segurança dos trabalhadores”, concluiu Siderlei.

Fonte: CUT

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A Hyundai Corporation, grupo coreano que atua em diversos setores econômicos, procura parceiros no Rio Grande do Norte. A intenção é desenvolver projetos que abranjam desde o plantio de soja à construção de parques eólicos. Segundo Gi Seob Kim, diretor da Hyundai no Brasil, o grupo quer se instalar no Rio Grande do Norte e implantar aqui um pólo para só então partir para outros estados nordestinos. Eles têm interesse em extrair minério de ferro, aço, ouro e pedras preciosas, além de fornecer peças para o aeroporto de São Gonçalo do Amarante e para os parques eólicos a serem construídos no estado. Kim não citou quanto poderá ser investido no RN nem quando.

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A Gerdau estuda tomar linhas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) para os investimentos de R$ 718 milhões anunciados para o estado de São Paulo, segundo o diretor-presidente da companhia, André Gerdau Johannpeter. Mas a maior parte dos recursos a serem utilizados será própria, de acordo com o executivo. "Estamos sempre monitorando o mercado e olhando oportunidades de investimento", acrescentou.Ontem, a Gerdau deu início aos investimentos de R$ 718 milhões que programa para o estado de São Paulo até 2013. Em Pindamonhangaba, a empresa fará expansão da usina de aços especiais para o mercado automotivo e terá nova fábrica de produtos prontos para uso na construção civil. Essas duas finalidades consumirão aportes de R$ 645 milhões. O restante dos R$ 718 milhões irá para melhorias na unidade de Araçariguama.A Gerdau terá novo laminador em Pindamonhangaba, com capacidade de 500 mil toneladas de barras redondas por ano, elevando a capacidade de laminados da unidade para 1,2 milhão de toneladas. O início das operações do equipamento será em 2012, com foco no mercado brasileiro, principalmente na cadeia automotiva. "Hoje estamos operando na capacidade máxima de laminados da unidade, por isso estamos fazendo o investimento", disse o executivo.Ele ressaltou que a nova capacidade entrará em operação "aos poucos" e que, depois de ser totalmente utilizada, a Gerdau avaliará se há necessidade de novos investimentos. Questionado se existe concorrência dessas barras com importados, o executivo respondeu que o volume importado é "muito pouco" e que se trata de linha de produtos feitos sob encomendas. Segundo ele, a empresa já tem relacionamento no Brasil ou no exterior com fabricantes de autopeças que vão atender às montadoras que estão se instalando no estado.A fábrica de produtos para uso na construção civil - telas para concreto, malhas, telas para tubos, telas para colunas, telas especiais e treliças - será concluída em 2013. Gerdau não demonstrou preocupação em relação à desaceleração do crescimento da construção civil. "Nossos investimentos são de muito longo prazo. Estamos olhando a demanda de vários anos. Teremos a Copa, as Olimpíadas, o pré-sal, há o programa Minha Casa, Minha Vida. A tendência é positiva", disse.

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RIO - A OGX, empresa de petróleo do grupo do empresário Eike Batista, deve exportar em torno de US$ 60 bilhões em petróleo e gás em 2020. A previsão foi feita por Batista durante o seminário Rio Investors Day. Segundo ele, a companhia estará exportando US$ 25 bilhões a US$ 30 bilhões em 2015. "Essa história de petróleo brasileiro é real", ressaltou.

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