O uso de uma área junto ao Porto de Santos para estocar e movimentar contêineres da Libra Terminais seria absolutamente normal se o terreno, arrendado sem licitação e em nome de uma outra empresa, não fosse patrimônio da União, sob a administração da Secretaria do Patrimônio da União (SPU). Uma triangulação no mínimo esquisita, que favorece a empresa cuja divida milionária de arrendamento do seu terminal portuário com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) não é cobrada, e para a qual se tenta uma negociação lesiva aos interesses da estatal.
“É o que se conclui da intenção da Codesp de começar a estudar agora, com as autoridades responsáveis, a construção de uma nova ligação rodoviária entre o Planalto de São Paulo e o Porto. É uma questão difícil porque não se sabe se a Serra do Mar suportará uma nova estrada nos moldes da Rodovia dos Imigrantes. E quais os prejuízos ambientais que podem advir dessa nova obra”, analisa o professor.
O ministro dos Portos, Leônidas Cristino, defendeu-se das acusações de favorecimento à Estruturadora Brasileira de Projetos (EBP), nesta terça-feira (28), na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. O ministro garantiu não ter tido reuniões nem repassado documentos para representantes da EBP.
Em reunião, nesta terça-feira (27/08), no Ministério do Trabalho, o presidente, em exercício, do Sindicato dos Operários Portuários de Santos (Sintraport), Claudomiro Machado, apresentou dados que contestam a proposta salarial de R$ 1.800 da Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport) para vinculação dos avulsos de capatazia. O prazo de negociação, que se encerrava em 31 de agosto, foi estendido até 16 de setembro a pedido da empresa.