Segunda, 29 Abril 2024
Para que os poupadores, que já aguardam há mais de vinte anos pela decisão sobre a devolução dos valores de direito e tirados pelos bancos, não continuem nessa longa espera, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) defende que o julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) não seja suspenso.

Na última sexta-feira (21/2), com o argumento de rediscutir os números apresentados com relação ao lucro que os bancos teriam tido com o dinheiro que deixou de ser creditado aos poupadores, à época das trocas dos planos econômicos (Bresser, Verão, Collor I e II), o Banco Central e a AGU (Advocacia Geral da União) pediram a suspensão do julgamento, sob a alegação de que seria necessária a realização de audiência pública para novos debates sobre a questão econômica que envolve o caso, além do que a PGR (Procuradora Geral da República) deveria prestar novos esclarecimentos.

No entanto, o Idec contesta que essa questão não é objeto do julgamento. A ADPF (Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental) se refere à constitucionalidade dos Planos Econômicos. Em petição protocolada nesta terça-feira (25/2), ao ministro Ricardo Lewandowski, relator deste processo, o Idec defende que, sob nenhum pretexto, deve ser suspenso o julgamento conforme requerido pela União e Banco Central.

A ADPF foi ajuizada pela Consif (Confederação Nacional do Sistema Financeiro), autora deste processo, mesmo ciente de que a jurisprudência consolidada nos tribunais é favorável aos poupadores (STF, STJ, TRFs e TJs).

“Tanto o Banco Central como a AGU tiveram o livre e pleno direito de defesa e manifestação. A ADPF já teve início de seu julgamento, restando somente a acolhida dos votos e, portanto, não há motivo para postergar a decisão”, explica o advogado representante do Idec no julgamento do STF, Walter Faiad de Moura.

Para o Idec, a pretensão de suspender o julgamento é bastante séria porque fere o direito de acesso à Justiça a dezenas de milhares de idosos poupadores, boa parte já falecidos, que merecem a mesma proteção do Estado.

Quanto ao pedido ter sido formulado pela AGU e pelo Bacen (Banco Central), ao invés da própria Consif, a situação causou indignação, afinal, os poupadores são cidadãos que também querem a proteção do Estado até porque é seu dinheiro que movimenta a economia e os tributos do País. Muito embora a AGU e o Banco Central tenham uma predisposição legal de defenderem a política monetária e a estabilidade do País, além dos interesses da União Federal, os poupadores também querem ser ouvidos e protegidos da mesma forma, sem tanta interferência junto aos Ministros do STF.

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