Em encontro com empresários franceses, há duas semanas, a presidenta Dilma Rousseff divulgou detalhes dos planos do Governo Federal para expansão da malha ferroviária brasileira. Segundo ela, a partir do eixo longitudinal criado pela Ferrovia Norte-Sul, serão planejados 10 mil quilômetros de rede ferroviária. Com o programa de investimentos em logística, Dilma espera ter criado um modelo “amigável” para atração da iniciativa privada, que tem participação imperscindível para que sejam investidos R$ 91 bilhões no modal ferroviário. Outro objetivo da Presidência é resgatar o transporte de passageiros intermunicipal via trem, que já foi forte no Brasil, mas hoje conta com poucas linhas em operação.
A desarticulação entre as entidades envolvidas e a falta de devida atenção aos impactos ambientais e paisagísticos tornaram a construção do píer em Y na Zona Portuária do Rio de Janeiro uma grande e tensa novela, com prejuízos para a economia da Cidade. A Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) modificou o local do píer, que seria originalmente instalado entre os armazéns 5 e 6, para as proximidades do armazém 2 e do Píer Mauá, criando uma grande chiadeira na Cidade.
É fato que todos os novos projetos que envolvem terminais de granéis sólidos nos portos brasileiros devem prever investimentos de despoeiramento e filtragem dos particulados. Afinal, o compromisso com a sustentabilidade é fator fundamental para que uma companhia tenha aprovação da sociedade nos dias de hoje.
Parece que chegou a vez dos portos brasileiros serem passados a limpo, conforme já anuncia a Operação Porto Seguro, da Polícia Federal (PF). Situações estranhas não faltarão. Portogente, há três anos pelo menos, vem denunciando a escandalosa “novela” em que se transformou uma dívida da Libra Terminais com o complexo portuário santista, que, pela Justiça, já teria tido um final feliz e importante para a Codesp. São dez processos em andamento que envolvem a Libra e a Autoridade Portuária do Porto de Santos.
Foram nomeados na tarde desta terça-feira (11) os dois diretores que farão, de forma interina, parte da diretoria colegiada da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O ministro dos Portos, Leônidas Cristino, designou os engenheiros e servidores Fernando José de Pádua Costa Fonseca e Mário Povia. Ambos são funcionários da Agência há sete anos.