Em contato com o Portogente na sexta-feira (4/10), por telefone, Quintella defendeu a investigação urgente da compra desses ativos que viraram depois um “presente de grego” nas mãos da petrolífera brasileira. “Um negócio mal feito que causou muito prejuízo”, critica, e completa: “Se houve má fé só uma investigação minuciosa pode esclarecer.”
Foto: Agência Câmara de Notícias
Quintella quer passar Petrobras a limpo em CPI na Câmara
Apesar da gravidade do tema, o parlamentar está desesperançoso quando à instalação da comissão ainda este ano porque existem outras aguardando deliberação também, como a da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). É a tal “fila” de CPIs alegada pelo presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), da base aliada do governo Dilma. Hoje tramitam cinco CPIs na Casa, “tudo na frente dela”, lamenta Quintella.
À pergunta se pode ser uma falta de vontade política, o parlamentar responde que “sim”. E explica: “Se já estivessem encerradas as comissões que estão tramitando a mais de um ano e houvesse um entendimento do presidente que a da Petrobras seria, como a da CBF, importante para o País, ela poderia ser instalada sim.” As CPIs que são prorrogadas várias vezes, sem necessidade, acabam impedindo a instalação de comissões realmente importantes.
Aqui ele aponta um conflito entre o regimento interno da Câmara e a Constituição Federal – que no dia 5 de outubro último completou 25 anos de existência. “O regimento limita o número de CPI por conta de estrutura, custo e de pessoal; mas a Constituição diz que ela é um instrumento da minoria que basta cumprir os pré-requisitos da assinatura para que se torne uma CPI. A comissão deve ocorrer quando o problema acontece.”.