Terça, 03 Junho 2025

Porque inovar é sincronizar (Sílvio Meira)

No atual momento do Porto de Santos, de desafios operacionais gigantescos e exigentes de tomadas de decisão competentes, o economista Roberto Pavek, especialista em tecnologia, premiado internacionalmente e funcionário de carreira da Autoridade Portuária de Santos, reflete publicamente este tempo, expondo sua percepção desse quadro complexo e determinante. Focalizando o futuro do principal complexo portuário brasileiro, sua pergunta: “por que o setor portuário brasileiro despertava tão pouco interesse da academia?” tem um significado severo, amplo e pesquisador. A atividade portuária tem modelagem diversificada e complexa, uma competitividade cujo desempenho classifica os portos ao redor do mundo. No caso do Porto de Santos, ascendeu um ponto, à 40ª posição em 2022 e o principal do hemisfério sul. A universidade é viva e precisa ser reanimada no complexo portuário de Santos, como acontecia no final do século passado, com a intensa presença da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e universidades locais com excelentes resultados, que foram abandonados pelas administrações do porto que se seguiram.

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Portanto, é preciso debater o processo de gestão do Porto de Santos, com significado e propósito de produzir bons resultados. A primeira resposta à pergunta do Professor Pavek: é necessário enfrentar a subjetividade das imposições desalinhadas dos propósitos do negócio portuário. A globalização da economia mundial e a revolução digital aproximaram compradores e vendedores. O comércio marítimo é impulsionado pela competitividade econômica intrínseca ao custo portuário efetivo. Neste contexto, tem prioridade conceituar e decidir sobre construir o porto de águas profundas, como prioridade e superando as faltas de foco e aptidão para antever os resultados desejados. Cabe à universidade na sua missão formadora de mentalidade e renovadora de conceito, no seu compromisso social, debater o sentido dessa obra, para a região e para o Brasil. Uma simulação com Inteligência Artificial no sentido de comparar dados e tirar uma conclusão.

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É coerente e conveniente o entusiasmo do professor Roberto Paveck por ter alcançado a posição atual do seu projeto e o empenho de implementar uma nova mentalidade universitária no Porto de Santos, assim contribuindo para construir o novo cenário da Região Metropolitana da Baixada Santista, ainda sem a visão portuária necessária. Um momento de alinhamento de esforços com o projeto do governador de São Paulo e engenheiro Tarcísio de Freitas, como vem demonstrando a parceria com o governo Lula na construção do túnel submerso sob o canal de acesso ao porto. Um observatório de tendência e prioridade, com soluções competentes que afetam a vida de ampla comunidade e o desenvolvimento regional. Um desafio de largas proporções que nunca termina e deve abranger amplamente a evolução do papel, bem como das atividades, desempenhados pelos portos ao longo do tempo e no mundo. São valores que permitem avaliação no sentido de desenvolver novo conceito e uma nova forma de produzir resultados. Trata-se de um projeto inovador e visões profundas sobre como é administrado o principal porto do Brasil.

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Se em 12 meses os resultados obtidos são celebrados, e o Porto de Santos vive uma realidade que introduz e estabelece um posicionamento, como ensina o professor Michael Porter, “é o momento de criar a estratégia envolvendo as diferentes atividades do porto”, incluindo a relação porto/cidade e as práticas ESG. Um ponto decadente, sem paralelo nos principais portos mundiais, é o papel centralizador da Agência Nacional de Transporte Aquaviário – ANTAQ, além de reguladora e fiscalizadora. Portanto, a universidade debater esse atraso que se percebe na região do Porto de Santos, fazendo paralelo com portos de referência mundial e com forte poder regional, vai pôr luz no importante papel da agência reguladora e expor a necessidade da descentralização e regionalização da gestão dos portos brasileiros, fortalecendo o Conselho de Autoridade Portuária - CAP. Em última análise, aprimorar a gestão e a eficiência das operações portuárias.

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Ao agrupar a qualidade referencial da comunidade universitária em torno do Porto de Santos, líder no hemisfério sul, com o propósito de despertar no complexo portuário o interesse da academia, o portuário Roberto Paveck encarna a concepção de um novo tempo da gestão portuária. É preciso ousar para triunfar. Sem sombra de dúvida, trata-se de um capítulo memorável dessa rica história portuária. Abre um horizonte estimulante de excelência na pesquisa e na qualidade das teses ou dissertações sobre temas tão essenciais na geração de trabalho e crescimento da economia no Brasil. Quando porto e tecnologia entrelaçados incrementam eficiência, segurança e sustentabilidade nas operações marítimas do comércio e turismo. Em última análise, ao direcionar a competência técnica em favor de soluções desenvolvimentistas, trata-se de práticas valorosas da solidariedade. Pois a atividade portuária é básica para o Brasil se fazer uma potência econômica. Assim, impõe-se priorizar um debate objetivo, sobre implantar o Porto de Santos com profundidade de 17 metros.

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