O porto segue a perspectiva adequada da sua cadeia de suprimentos
O Porto de Santos vive um momento crítico à luz da pauta do porto do futuro. Sem liderança adequada e desalinhada com o competente quadro técnico concursado, suas decisões priorizam interesses políticos e são alinhadas com um ministro de Portos e Aeroportos escolhido por critério de garantia de votos no Congresso. Uma conjuntura sem competência para promover as mudanças necessárias e acelerar o desenvolvimento portuário.
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Hoje, a competitividade do principal complexo portuário do País está ameaçada, pela profundidade limitada do seu canal de acesso e pela construção da Rota Bioceânica conectando os oceanos Atlântico e Pacífico. Atualmente, esse complexo portuário não está à altura de receber satisfatoriamente os navios do comércio marítimo dos próximos 25 anos. Por outras razões, não alavanca a região com todo o seu potencial e estreita o seu horizonte.
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Assim sendo, é impróprio o contorcionismo da Administração do Porto, para atender ao pleito da prorrogação do contrato de arrendamento da Ecoporto Santos S/A. À vista disso, exige posicionamento público da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) e do Tribunal de Contas da União (TCU). Bem como não podem ser omissos o governo municipal e foros envolvidos na definição de estratégias do porto, como é o Conselho de Autoridade Portuária (CAP).
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Uma das soluções para esse cenário, sem sombra de dúvida, é um novo arranjo, para transformar a atual área de puxadinhos ocupada pela Ecoporto, com o objetivo adequado de implantar um projeto grandioso de contêiner: abrir concorrência, para quem vencer construir o futuro que cabe ao Porto de Santos. Por isso, não há necessidade de a Autoridade Portuária perder mais tempo precioso, “em busca de participação social”, como alega, para justificar a excepcionalidade desfavorável à competitividade operacional.
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Porto é um tema técnico de desafios muito complexos. Daqui para frente, as disputas comerciais a serem enfrentadas pelo Porto de Santos são enormes. Sua localização geográfica exige acomodação, de modo a dar maior produtividade às conexões com grandes mercados como o chinês e às novas logísticas tecnológicas da sua hinterlândia. Daí serem devidos os esclarecimentos republicanos da ANTAQ sobre a continuidade de um contrato vencido e sem a conveniência de ser prorrogado.
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Portanto, a condição atual é desfavorável ao papel que cabe à próxima geração do Porto de Santos, que necessita de um programa plenamente de expansão e com competência mundial. Ao pôr de lado a competência interportuária, ocorre não levar em conta o fato crucial do rendimento portuário afetar, diretamente, a totalidade da competitividade do Brasil.
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