Quinta, 21 Novembro 2024

“Caminante, no hay camino. Se hace camino al andar” (poeta Machado)

O Brasil sediando este ano a cúpula do G20, até novembro quando recebe os chefes de Estado das maiores economias mundiais, torna-se um ambiente de negociação favorável aos seus principais movimentos para se posicionar no cenário global de negócios, na nova era econômica. Quando em breve será inaugurada a significativa rota para a China, com a conexão transoceânica Atlântico e Pacífico, por terra, no Chile estará cravado um marco de uma pujante era comercial e diplomática brasileira, como uma força de lei natural. Portogente debate esse novo paradigma vitalizador.

mapa da seda
Mapa do corredor bioceânico planejado
Fonte: www.rotabioceanica.com.br/

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A rota da seda, como estratégia comercial da China, é um dos temas essenciais quando se trata de entender a nova ordem mundial e o projeto chinês de potência global, na América do Sul. Ao abordamos os reflexos do corredor bioceânico como extensão da rota chinesa para o Porto de Santos, conectando o Porto de Antofogasta, no Chile, no contexto do mundo multipolar estamos falando de transpor fronteiras e sobre uma nova visão de parcerias entre nações.

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O interesse manifesto da China de unir o projeto da Rota da Seda ao Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), uma verba de R$ 1,7 trilhão e anunciado pelo Presidente Lula, vai contar com logísticas rodoviária e ferroviária já em ritmo avançado de implantação. Um projeto que vai além do comércio de produtos, incluindo tecnologia e inteligência artificial, bem como a exploração espacial, na qual o Brasil tem um atraso grave. Até há pouco, só se percebia sinalizações e tendências, para superar um passado recente de afastamento em relação à China.

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Para a diplomacia brasileira, com sua tradição de neutralidade e excelência, será um momento imenso, quando em novembro os chefes de Estado do G20 estarão em Brasília. A presença do presidente da China, Xi Jinping, vai sinalizar uma tendência exitosa de união Brasil e China. De fato, incrementando programas complementares aos investimentos em curso na construção de portos, ferrovias e energia. Levando em conta que, no ano passado, Lula foi muito bem recebido em Pequim.

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Indubitavelmente, definir uma arquitetura para o projeto da Rota da Seda no Brasil será tão complexa quanto implantá-la. Pois, como já acontece com o Chile, muito provavelmente haverá outros países da região sul-americana interessados em acolher o investimento chinês. Uma oportunidade para ampliar a mediação brasileira. Isto significa um desafio colossal para o governo brasileiro. Visto que, estão no jogo países com culturas bem distintas. Condição em que as diplomacias podem deixar passar questões despercebidas pela outra parte e prejudicar o resultado almejado.

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Portogente vai promover webinar para debater a Rota da Seda no Brasil, focando o Porto de Santos. Por extensão, o impacto desse processo nas relações com outros portos nacionais. É cultural na diplomacia, de que não há terreno intermediário entre uma aliança baseada em um objetivo comum e uma instituição multilateral que se baseia em condições especificadas de governo interno. Ou seja, focar o papel do canal do Panamá e o comércio com o oeste dos EUA, exige projeção dos impactos advindos do novo arranjo logístico, no comércio global, como consequência da operação do corredor bioceânico.

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