Não há substituto para o conhecimento (W.Edwards Deming)
É oportuno refletir o principal porto do hemisfério sul, o de Santos, em face às novas realidades econômica e tecnológica mundiais. Analisar o seu papel como um nó dinâmico nas redes internacionais de produção e distribuição. De pronto, o problema mais difícil tem sido assegurar administração de cúpula preparada para corresponder o seu papel de catalizador fundamental do comércio internacional do Brasil.
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Sobretudo porque a produtividade portuária afeta diretamente a totalidade da competitividade do País, em seu comércio exterior. Como ocorre nos impactos dos novos padrões de navios, com maior calado, e vai acontecer com o corredor transoceânico ligando por terra os oceanos Atlântico e Pacífico, a partir de Santos. Isto, encurta em15 dias o tempo de translado de mercadorias entre Brasil e China, reduz e torna mais competitivo o custo final. A plena operação dessa rota está prevista para 2026, quando ocorre a próxima eleição para os cargos executivos estadual e federal.
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Refletindo o crescimento da indústria e do comércio, o movimento de contêineres aumenta e requer navios de grandes calados, para competitividade dos produtos. O porto de mar aberto, com profundidade para receber os navios que não entram no atual Porto de Santos é um projeto inadiável. Consequentemente, também vai aumentar a arrecadação na área portuária e demandar inúmeros serviços a serem prestados por empresas locais.
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Como era previsto, a atual principal estrutura política da autoridade portuária de Santos, o seu presidente, e o ministro de Portos e Aeroportos, que sequer conheciam porto até então, promovem uma das piores gestões do principal porto do Brasil, sob o aspecto econômico, político, logístico e técnico. Decerto, o comércio há de buscar o caminho de menor resistência. Está mais do que na hora do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) tomar as providências cabíveis e urgentes, para promover com eficácia a gestão de um programa de R$ 12,08 bilhões, até 2028 - impossível com uma gestão sem preocupação operacional.
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Esta realidade vai na contramão da estratégia do Brasil com o Grupo Banco Mundial, o Plano de Transformação Ecológica (PTE), objetivando, também, melhorar o ambiente de negócios no País e das empresas brasileiras no cenário internacional. Um modelo de crescimento com produtividade e efetivas práticas ESG (ambiental, social e governança, na sigla em inglês). Porto é um fator competitivo essencial para a economia nacional.
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A previsão da economia mundial para os próximos cinco anos faz projeções otimistas. No caso do Brasil, o produto interno bruto (PIB) crescendo mais do que se projetou anteriormente. Sem sombra de dúvida, a profundidade dos portos é importante na produtividade marginal do capital, na formação da competitividade do produto brasileiro - em custo e tempo - no comércio internacional. Entretanto, o principal porto brasileiro necessita de um freio de arrumação do presidente Lula.
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