O estágio superior de política de escândalo é o inquérito judicial ou parlamentar, que resulta em indiciamentos (ManuelCastells)
Convém ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva incluir o Porto de Santos no rol de preocupações que afligem o seu governo. Além do que já assistiu, no aniversário do porto, como imagem da atual administração e das denúncias do senador Giordano, na mira do Ministério Público. Não menos preocupante é a ruidosa notícia de abertura do boletim semanal do SINDAPORT, o pujante sindicato dos Trabalhadores Administrativos em Capatazia. Divulga sobre o TCU indicar irregularidades no fatiamento sem licitação de área para um novo terminal de contêineres.
Foto/crédito: Beatriz Kauffmann (Barra de Santos)
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O programa governamental de obras e serviços em implantação, no Porto de Santos, supera R$ 20 bilhões, para os próximos 4 anos. Sem considerar os investimentos privados. Portanto, é imperativo que o secretário de Portos, Alex Ávila, realize o estudo que anunciou, com a competência compatível com a complexidade desse porto. Não é tarefa trivial. No seu papel de think tank, Portogente promove um debate competente e permanente das soluções necessárias para o principal porto do Hemisfério Sul. Objetivando fluxos mais intensos e prioridades.
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Decerto, é prioritário esclarecer as graves denúncias contra o atual presidente da Autoridade Portuária, apresentadas pelo senador Giordano (MDB) junto ao Senado, em 7/2/24, justificadas como “contribuição para a preservação dos princípios democráticos e no exercício das funções públicas desempenhadas na Autoridade Portuária de Santos”. Denúncias que, sem provas e sem punição do senador, transparecem impunidade por conchavo com os acusados.
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Como consequência de o caso ter atingido a alçada do Ministério Público Federal, transparece que haverá mais claridade e celeridade na apuração dos fatos. Pelo volume de notícias distribuídas pelo senador, acusando o presidente do Porto de Santos e o ministro de Portos e Aeroportos, citando empresas que operam no Porto de Santos, as investigações poderão resultar num caso paradigmático, para transparência nos portos públicos.
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Tudo indica que o presidente Lula vai precisar, mais uma vez, pôr ordem no Porto de Santos, para que as obras que anunciou tenham um final exitoso. Administrativamente e urgente, tanto no âmbito político quanto na área técnica, deverá adotar regras mais rígidas nas indicações para cargos e melhorar a governança. Portanto, o governo federal deve tomar uma iniciativa. No todo, como está não pode continuar.
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