O principal objetivo de um país consiste em proporcionar um padrão de vida elevado e crescente para os cidadãos (Michael E. Porter)
No próximo dia 25 de julho, quando o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, estará recebendo as propostas para reconstruir a ponte dos Barreiros, sobre o rio Casqueiro e instalar nela linhas do veículo leve sobre trilhos (VLT), a pauta Hidrovias Já! estará adiada para além dos próximos dez anos. Sem responder à demanda do jornalismo Portogente, sobre a posição da autoridade portuária em relação a essas obras do governo do Estado que irão impactar a rede de hidrovias portuárias sonhada há muitos anos, o presidente da autoridade portuária, Anderson Pomini, não respondeu.
Porto de Shangai.
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A falta de percepção suficiente dos desafios que precisam ser superados, nesse programa de hidrovias nos rios em torno do Porto de Santos, torna improvável esse projeto. De pronto, é preciso considerar uma nova poligonal do porto. Trata-se de uma área definida por interesse do porto, onde a autoridade portuária detém o poder de administração do porto público. Portanto, essas hidrovias não são a prioridade de um porto ameaçado pelo futuro dos grandes navios.
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Incrivelmente, a implantação dessa rede hidroviária ainda não se materializou, sequer no canal de Bertioga, por onde no final do século XIX foi transportada em pequeno navio uma usina hidrelétrica, que até hoje gera energia para o Porto de Santos. Por outro lado, a administração municipal de Bertioga, depois do prefeito Orlandini, não conseguiu perceber que existe atividade porto verde, de aplicação de tecnologia avançada. Uma missão da administração portuária, demonstrar essa possibilidade e ampliar os negócios portuários.
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O fato da formação do Pomini ser na área jurídica e nunca antes ele ter adentrado um porto, não invalida a possibilidade de ser um líder realizador, como presidente do principal porto do hemisfério sul, numa fase do Brasil de grandes realizações. Razão esta que deve ter norteada a sua indicação. E a prioridade é implantar o projeto Porto de Santos-2060, com eficiência. Uma proposta que atinge, no presente, a apoteose da grande obra dos Guinle no final do século XIX.
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As profundas e ágeis mudanças que ocorrem no cenário internacional devem ter correspondência no planejamento do Porto de Santos. Elas afetam os parâmetros do comércio marítimo, que atravessa os oceanos do planeta. O complexo portuário santista sensibiliza o projeto do presidente Lula de construir uma economia nacional robusta e um social de mais igualdade. Por isso, Porto de Santos-2060 precisa ser plural e proativo em várias frentes.
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