As “Entradas” e “Bandeiras” deram início à penetração no interior do Brasil por meio de rios.
É da responsabilidade da autoridade portuária de Santos prover a navegabilidade do rio Casqueiro, que deve ser restabelecida no trecho da ponte dos Barreiros, que o governo do Estado de São Paulo recebe propostas no próximo dia 25, para reformar e construir passagem para o veículo leve sobre trilhos – VLT. A altura atual já não tem calado aéreo para passagem de barcaças com contêiner e, assim, está conflitando com a proposta de construir hidrovias como estrutura logística do porto.
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Um projeto arquitetônico de qualidade e solução adequada de engenharia, com visão multimodal e arte, concilia a implantação da hidrovia do rio Casqueiro com a travessia deste rio pelos modais rodoviário e o ferroviário, sem prejuízo de nenhum dos dois projetos. Como uma obra de referência turística. Esse plano vai ao encontro das metas dos Estudos Hidroviários da Baixada Santista, elaborado em 2001, pela Fundação de Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia – FDTE, com apoio da Secretaria Especial de Portos, da Presidência da República
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O relatório produzido mostra que a implantação da navegação interior nessa região promove benefícios econômicos e destaca as resistências ao projeto pelas alturas insuficientes das pontes. Por duas razões principais a autoridade portuária de Santos deve ter competência para interferir nessa obra anunciada pelo governo do Estado de São Paulo: garantir altura suficiente das pontes para o trânsito de barcaças com contêineres e construir hidrovias nos rios cujas águas correm para o canal do Porto de Santos, como expansão sustentável da atividade portuária.
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Esse debate deve construir um posicionamento único e explícito da comunidade portuária, a partir da própria diretoria da Autoridade Portuária de Santos. Além disso e apesar de ser uma decisão predominantemente técnica, é necessário incorporar a visão e o apoio de prefeitos, vereadores e deputados da região, bem como o próprio governador. Alinhar essas opiniões, favorece o entendimento de que a navegação intraestuarina de carga fomenta a atividade do porto indústria. Assim, gera trabalho, economia regional e desenvolvimento.
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Trata-se de um projeto inovador e adequado à aplicação de novas tecnologias, da produção à movimentação de cargas. Há séculos, esse tipo de transporte é consagrado na Europa e nos Estados Unidos. Apesar de demorados, a Baixada Santista e o Porto de Santos compõem condições satisfatórias para esse projeto. Daí ser necessário definir ações concretas, que explorem plena e adequadamente os seus potenciais. De forma a fazer parte da lista de realizações regionais do ministro Márcio França.