O nível de serviço oferecido ao cliente é o negócio do negócio (Dito popular)
Espera-se que o governo do Estado de São Paulo e demais autoridades atendam com presteza e eficiência o requerimento da autoridade portuária de Santos, especificando o envio da documentação relativa aos estudos dos projetos básico e executivo do túnel imerso Santos-Guarujá, realizados, em 2012, pelo Departamento de Estradas de Rodagens (Dersa) e incluem as devidas licenças ambientais necessárias. Tendo em vista que o cronograma da obra prevê o início dos trabalhos em 2024.
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Conforme destaca o presidente do Porto de Santos, Anderson Pomini, o Secretário de Estado de São Paulo, Rafael Benin, declarou, no dia 13 último, que a documentação estaria disponível e bastariam os procedimentos realizados, semana passada. Portanto, de acordo com essas declarações oficiais, dentro de 15 dias esses documentos poderão estar de posse da autoridade portuária. Trata-se de um assunto que é pautado, sem consequência, há quase cem anos. Agora, tem o compromisso pessoal do secretário de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB) de construir esse túnel imerso.
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A causa dessa longa expectativa, por tanto tempo e até agora não concretizada, jamais foi a falta de justificativa dessa ligação, nem a incapacidade técnica de construir a obra necessária. Por anos, a proposta era a ponte.de concreto armado. Tampouco será o primeiro túnel brasileiro imerso. Em 1997, o escritório Figueiredo Ferraz fez um estudo robusto e meticuloso, à altura da sua grife, sobre este tipo de túnel ligando as margens desse porto. Por questões políticas que não foram esclarecidas, a sua construção foi frustrada.
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O projeto e implantação do Porto de Santos que se conhece teve gestão sediada na Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro. Se concretizado, este túnel imerso será marco de realização regional destacada. Ainda que a firma construtora possa ser estrangeira, a sua conquista será local e política, neste caso, de gestão e resultado, como aconteceu com os Guinle. Há muito a ser construído para a nova conjuntura deste complexo portuário. Para otimizar os seus espaços e seus tempo logísticos. O momento está posto e o túnel imerso é o primeiro passo dessa missão.
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A ligação bioceânica Santos ao Chile, em 2024, é ameaça e oportunidade ao Porto de Santos. De inovação, com novos arranjos e tecnologias, pelas tão faladas e esperadas hidrovias, quanto é o túnel imerso Santos-Guarujá. Conectando os municípios entorno do porto, num processo produtivo, com pauta ESG (sigla em inglês de ambiental, social e governança) e de intensa produtividade, com destaque na produção e utilização de energia verde.
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Os quatros anos, tempo que geralmente permanece a gestão de uma diretoria do Porto de Santos, devem se constituir numa missão de bater metas, como período de um planejamento estratégico comprometido como os próximos 25 anos. Entretanto, como é o caso do túnel e do aeroporto, esse horizonte temporal extrapola o razoável, por insuficiência de poder e baixa qualidade política no âmbito regional. Desse modo, permanecem obstruídas por décadas as hidrovias da região e contida a competividade do Porto de Santos.
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