Grandes esforços são necessários e urgentes, antes que a natureza morra. (Príncipe Bernhardt, dos Países Baixos)
Com certeza, a transição energética no Porto de Santos pode ser um programa com resultados positivos, considerando o quadro de profissionais qualificados da autoridade portuária e a prioridade que vem sendo dada a esse processo no governo Lula. Tema cultural e pioneiro nesse porto, desde quando instalou em 1910 a usina hidrelétrica de Itatinga, para suprir o porto e cidades no seu entorno. Uma visão que gerou resultados prósperos e convém ser revisitada, nesta quadra, em que se constrói o futuro do principal porto do hemisfério sul.
Veja mais
* Um museu que conta a história do Porto de Santos
O governo Lula coloca a questão energética no patamar das prioridades. Entretanto, o principal porto brasileiro, o de Santos está atrasado em ser um complexo portuário industrial, incluindo tecnologia geradora de energia limpa. Como tantos portos importantes no hemisfério norte e, no Brasil, Suape/PE e Pecém/CE. Por falta dessa estratégia, Portogente anunciou, anos antes, o fim da fábrica de pás eólicas Tecsis, em Sorocaba. Por isso, vizinho ao Porto de Santos, o município de Bertioga não percebe seu enorme potencial verde exportador, por falta de competência comercial, até agora, da autoridade portuária.
Veja ainda
* Pás eólicas: o dilema da localização
Em conversa com jornalistas, o santista e presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social -BNDES, Aloizio Mercadante, declarou que o banco está comprometido com a transição energética. A produção de energia verde para o consumo interno na logística verde nos portos, trata-se de um projeto robusto e amplo, envolvendo a autoridade e a comunidade portuárias, abrangendo a utilização de veículos elétricos. Um posicionamento sério para impulsionar o futuro com desenvolvimento sustentável e atrativo para Investimentos essenciais, como pilar.
Veja também
* Incêndio da Ultracargo: crime ou acaso?
Na relevante opinião do político estadunidense, John Kerry, assessor para o clima do presidente Biden, o financiamento da transição para a economia de baixo carbono deve ser o ponto central da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), em dezembro /2023, nos Emirados Árabes. Portanto, um tema inadiável e que vai muito além dos gabinetes de diretores de portos, que todavia, devem harmonizar as políticas portuárias do Brasil aos compromissos assumidos pelo presidente Lula, na COP27, em dezembro/22, no Egito. À vista disso, promover um debate amplo e sincero com as respectivas comunidades portuárias, para estabelecer estratégias e buscar metas reais. Considerando que a mudança de cultura é um processo lento.
Veja mais
* Porto de Santos e a rota bioceânica do Atlântico ao Pacífico
As questões ambientais fluem por uma rede densa e intensa da Internet, onde navegam organizações e ativistas em todo o mundo, para trabalhar sobre a questão do aquecimento global. Como anunciou o presidente Lula, “o mundo tem pressa de ver o Brasil participando novamente das discussões sobre o futuro do planeta e de todos os seres que nele habitam”.
Veja ainda
* COP 27: demanda de energia e a oferta de fontes renováveis
Nesse sentido, os portos, em especial o de Santos, não podem mais desprezar essa realidade, com falta de ações. Tampouco desperceber e propiciar ameaça grave à comunidade do porto e ao planeta. Como determina o atual presidente do Brasil: “É tempo de agir. Não temos tempo a perder. Não podemos mais conviver com essa corrida rumo ao abismo”.
Veja também
* Navio-bomba: a aprovação de projetos de risco social e ambiental