O Porto de Santos é cenário de literaturas famosas pelos quatro cantos do mundo.
O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, demonstra sentimento de natureza elevado ao avaliar como ótima a ideia de construir o museu do Porto de Santos na antiga estação ferroviária da Santos-Jundiaí, por onde passaram relevantes capítulos da história portuária brasileira. Certamente, será também uma das obras mais significativas do cenário turístico e cultural nacional.
Foto: Museu Marítimo de Amsterdam.
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Concretizar o verdadeiro propósito de um museu moderno, tendo como tema a mais complexa e ágil logística portuária do hemisfério sul, exige uma visão tridimensional, abordando o presente, o passado e o futuro. Muito diferente do "puxadinho", que representa o museu do porto de Santos a ser inaugurado, no próximo dia 26, sem espaço-cenário representativo da atividade logística do comércio marítimo.
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No seu papel de think-tank, Portogente está conversando com o Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IOUSP), que poderá incluir nessa conversa, sobre a antiga estação de trem como museu, a vida do navio Prof. Besnard, que tem tantos casos interessantes para narrar sobre a sua longa vida junto ao Porto de Santos, e o sucesso do seu Museu Oceanográfico (IOUSP), criado em 1988.
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Indubitável, como afirma o ministro de Portos, ”o Porto de Santos e a ferrovia merecem estar mais presentes na memória das futuras gerações”. Na ótica da museologia, o museu Estação-Porto deve ser local de guarda de patrimônio e de cultura. Ao mesmo tempo, ser concebido como um processo de transformação refletindo as mudanças no mundo. Por isso, não convém que o Porto de Santos, por sua dimensão e importância, ainda não tenha um museu que possa ser chamado como tal. E nas palavras do ministro Márcio França, “como uma boa política para juntar esforços e buscar consensos”. Portanto, aquilo que todos consentem, com lógica.
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Preocupa que esse projeto artístico e cultural com forte potencial social possa priorizar o propósito político, impedindo a devida prevalência da competência logística, em espaços que impactam a competitividade do porto. É necessário cuidar, com todas as forças, para evitar colocar sob risco o futuro do Porto de Santos, cujo presente resultou de trabalho e lutas.
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