Sob qualquer ponto de vista – econômico, político e militar – [o transporte] é, inquestionavelmente, a indústria mais importante no mundo (Congresso nos EUA)
Quando esteve à frente do ministério da Infraestrutura, hoje de Portos e Aeroportos, o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não produziu qualquer resultado que destaque a sua administração no Porto de Santos, o principal do hemisfério sul, como empreendedora. Entretanto, sua nítida preocupação com a ascensão política insiste em pautas portuárias festivas e conflitantes com o programa do governo Lula. A última, da semana passada, anuncia que vai acelerar a criação de Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) no complexo portuário santista, tema antigo e urgente no porto, mas que não se ouviu falar nos últimos quatro anos.
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Porto Indústria é tema que teve impulso com a lei nº 8.402/1992, chamada de Regime Aduaneiro de Drawback, que permite o benefício fiscal de isenção ou suspensão de impostos sobre matéria prima importada e empregada na fabricação de produtos de exportação. Portanto, há muito o assunto é tratado na comunidade portuária santista. E a razão desse inexplicável atraso é devido, principalmente, à falta de ação adequada da autoridade portuária de Santos, no seu papel de fomentador de desenvolvimento.
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Tudo indica que a atual diretoria do Porto de Santos tem a visão empreendedora que faltou a anterior, para implementar uma atividade proativa, na busca de otimização do papel fundamental do comércio marítimo, de gerar progresso. Trata-se de um processo de estratégia complexa, da qual o porto é um elo importante para produtividade decorrente de vários fatores de produção. É importante, também, que o governador Tarcísio viabilize a operação da ampla logística hidroviária da Baixada Santista (BS), ligando por água os municípios ao porto. Oferecer navegação de barcaças com contêineres, atualmente impedidas, devido à falta de altura, no calado aéreo das pontes de rodovias estaduais.
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Desde 2008, no seu papel de think tank, Portogente promove debates abordando a implantação de hidrovias na região do porto. Sem hidrovias, a região da BS não consegue desenvolver todo o seu potencial empreendedor com produtividade e sustentabilidade. O discurso sobre ZPEs do governo do estado, sem sombra de dúvida necessário, só tem sentido se iniciar pela navegação dos rios da região, que totalizam mais de 100 km de cursos d’água e são relevantes como logística do porto de águas profundas, previsto. Caso contrário é arrulho, para adoçar ouvidos.
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Conectar a região da Baixada Santista ao comércio global com produção inovadora e sustentável possibilita utilizar a mão de obra de 12 universidades locais e ampliar a pauta de exportação do Brasil. Integrar nesse processo hidrovias e aeroporto, possíveis e dificultosos por incompetência administrativa, incrementa a modalidade, aumenta e otimiza os fluxos de insumos e produções, com melhor produtividade e competitividade.
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Trata-se de um horizonte além de entrada e saída de mercadorias transportadas por água. Está previsto para 2024 a inauguração do corredor bioceânico, ligando o Porto de Santos, no Brasil, aos portos chilenos de Arica e Iquique. Por estes portos chilenos irão escoar por rodovia e ferrovia fluxos de produção do Centro-Oeste brasileiro e que hoje passam por Santos. Um projeto estratégico complexo, que a autoridade portuária deve decidir priorizando o cliente ao eleitor.
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