Um dos mais relevantes aspectos do planejamento estratégico é a análise da competitividade.
Uma realização que engrandece o Brasil, como é a transposição do Rio São Francisco, a rota transoceânica, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico, entra em operação em 2025. Um antigo sonho nacional, idealizada na década de 1950 e iniciada no segundo governo Lula, em 2008. Foi o destaque da participação do ministro dos Transportes, Renan Filho, na Cúpula Anual 2023, do Fórum Internacional de Transportes (ITF, sigla em inglês), nos dias 25 e 26 de maio último. O Brasil, depois de ficar, durante os últimos três anos, apenas como país observador, foi aprovado, por unanimidade, como membro pleno do Fórum. O evento foi realizado na sede da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento (OCDE), em Leipzig, na Alemanha.
Secretário-geral do ITF, Young Tae Kim, e o ministro Renan Filho se cumprimentam após adesão do Brasil
ao fórum global. Crédito: Luiz Siqueira/MT.
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Essa rota de aproximadamente 2.400 km, com origem em São Paulo, cruza o Mato Grosso e a fronteira do Paraguai; a cidade de Mision La Paz na argentina e destino no Chile, próximo ao trópico de Capricórnio. Um percurso comercial que vai competir com os quase 25 mil quilômetros pelo Canal do Panamá. É o surgimento de uma conexão flexível, que possibilita mais pontualidade e menor custo final às cadeias de suprimento. Logisticamente, possibilita soluções integradas, novos
Investimentos e desenvolvimento regional, bem como geração de trabalho.
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Fato relevante será a redução do tempo previsto de até 2 semanas na viagem da exportação para a China, com essa nova infraestrutura. Nesta rota, a obra de arte magnifica é a ponte estaiada sobre o rio Paraguai, com extensão de 1.294 metros e vão livre de 350 metros. entre Porto Murtinho (MS) e Camilo Peralta (Paraguai), financiada pela diretoria paraguaia de Itaipu. A inauguração dessa ponte está prevista para o primeiro semestre de 2024.
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Essa será, em breve, a rota da exportação da produção do Centro-Oeste brasileiro para a China. Esse ganho de competitividade, no tempo, também induz rearranjos das estratégias operacionais do Porto de Santos, para ordenar o seu papel hub, em relação ao polo bioceânico, em São Paulo, e fomentar novos negócios e facilidades. Em sentido inverso, abre caminho para a rota da seda, estratégia da China para fluir seus produtos ao redor do mundo.
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A atual diretoria do Porto de Santos tem competência para tratar tamanho desafio, com êxito. É um processo de definir metas e ações, envolvendo amplamente a comunidade do porto, na percepção da nova realidade e de forma a se manter coesa, através dos interesses comuns. Assim, construir estratégias para atrair apoio governamental, desenvolver potencial comercial e otimizar o desempenho operacional.
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Do presidente da República, ao ministro e o secretário dos Portos, todos eles têm o Porto de Santos como parte das suas vidas. Este porto está situado na região mais produtiva do Brasil. Portanto, é hora de otimizar as variáveis da competitividade desse complexo portuário e, assim, adotar posicionamento para alavancar oportunidades em vantagem sustentável.
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A importância do ITF
O ITF é uma organização intergovernamental autônoma ligada administrativamente à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Trata-se de um órgão internacional que atua como um think tank para questões relacionadas à política de transportes de todos os modais e que realiza anualmente um encontro entre ministros de Transportes dos países membros, no qual são apresentadas as últimas novidades e políticas do setor.