A redefinição do tempo e o espaço da Baixada Santista está atrelada ao futuro do Porto de Santos.
Foi no começo do século XVI que, com a exportação pioneira de açúcar pelo seu porto, teve início o desenvolvimento urbano e econômico da cidade de Santos. Uma história contada por tantos e qualificados registros, sobre o processo do atual principal fluxo do comércio marítimo internacional, do hemisfério sul. Hoje, esse complexo portuário tem limites e ameaças intoleráveis, no conceito de produtividade e urbanismo, e que precisam ser superados. São necessárias soluções técnicas, com planejamento, obras de porte e ações inadiáveis.
Porto de Santos (SP). Crédito: Arquivo Portogente.
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As mudanças anunciadas e que afetam a relação porto/cidade, impõem um debate necessário à sua legitimação; inclusive envolvendo as universidades locais, com cursos de geografia e de arquitetura e urbanismo. Assim, acelerar o destaque internacional do Porto de Santos que os Guinle construíram e assegurar qualidade de vida na cidade portuária das pessoas. Nesse contexto, destacam-se: as obras anunciadas do Parque do Valongo e a estação do Veículo Leve sobre Trilho, bem como o arranjo adequado das logísticas rodoviária e ferroviária do porto.
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Por falta de competência e propósito adequados das últimas diretorias do Porto de Santos, o seu potencial operacional tem sido abordado de forma primária. Daí, as iniciativas para a sua exploração e a sua relação com o urbano devem observar fatores espaciais, operacionais e econômicos relevantes, há muito praticados nos principais portos do mundo. Na conjuntura atual, a prefeitura e o porto de Santos têm competência para dar tratamento técnico-científico-informacional a essa questão. Levando em conta o papel da sociedade para influenciar o vetor político.
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É fato que o porto e a cidade de Santos há muito vivem uma relação de conflito. A economia internacional intensifica o comércio marítimo e o Porto de Santos não tem sustentabilidade suficiente para corresponder às atuais demandas da movimentação de carga num crescendo e evitar conflito entre o porto e a cidade. Entretanto, a tarefa de construir soluções inteligentes e sustentáveis, para o porto tecnológico e social, é um processo para o qual há hoje, e o porto dispõe, competências técnica e política.
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O Porto e a Cidade são indissociáveis. No caso de Santos, há uma organização coerente, principalmente pela integração com o porto, como fator econômico e de trabalho, com destaque o seu possante parque universitário. Dessa forma, é possível fomentar um debate em rede, expondo comentários de tomada de decisões e estimular opiniões. Assim, melhor entender o que se propõe e as ações, na busca do importante e fundamental.
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