Há uma força específica que tem um grande impacto no negócio portuário, o crescimento do comércio mundial.
O ato de posse oficial da nova diretoria da autoridade portuária de Santos, ocorrido na quinta-feira (20/04), na sede da autoridade portuária, tem um simbolismo inovador por conta do compromisso e meta desses diretores (foto abaixo) de construir o túnel submerso ligando as margens do canal de acesso ao porto. Mesmo sendo inadiável, a construção do porto oceânico não foi citada pelo ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, nem pelo presidente empossado, Anderson Pomini.
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Na ótica operacional, a construção do porto oceânico tem prioridade em relação ao túnel submerso. Entretanto, ele não foi anunciado, talvez porque não está ainda decidido o modelo de sua exploração: terminal de uso privado (TUP) ou público. Neste caso, como área do porto organizado. O acesso pelo atual canal do porto está limitado aos navios de até 15 metros de calado, enquanto o porto oceânico terá profundidade para receber os maiores navios do mundo, de grandes calados.
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Como Portogente já abordou, essas duas obras podem ser públicas sob concessão, na modalidade Parceria Público-Privada (PPP). O perfil da diretoria demonstra competência para fazer uma gestão bem-sucedida. E recuperar o tempo perdido com as duas últimas diretorias, a penúltima, que saiu algemada pela Polícia Federal; a última, fracassada, tinha foco na privatização e defendeu, até onde pode, o modelo australiano de autoridade portuária, sem aceitação mundial.
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Entender esse momento é conveniente. Portogente vem abordando ampla e intensivamente a sua evolução pela tecnologia, inclusive o papel do sindicato no novo campo portuário, da inteligência artificial (IA) e do robô. Em especial, a substituição de papéis. Como aconteceu no transporte de sacos na cabeça subindo rampa do navio substituído e agilizado com o advento do guindaste e, tempos depois, a ligada substituída pelo contêiner.
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Essa diretoria precisa se mobilizar para conseguir fazer boas entregas em 2026. O diretor de Infraestrutura Carlos Eduardo Magano tem longa experiência e muita competência para cumprir a missão de implantar o túnel submerso e o porto oceânico. Mas, isto não basta. O comentário que o presidente Anderson Pomini fez do Museu do Porto e a pouca profundidade da sua visão, para abordar a triste realidade dessa estrutura, com elogios, preocupa que possa lhe faltar percepção para viabilizar as verdadeiras e complexas metas da sua gestão para o Porto de Santos.
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Entretanto, impõe que se aguarde atentamente as ações que serão tomadas por esta nova diretoria e desejar que essas atendam às demandas para um desempenho excelente do Porto de Santos estendido ao porto oceânico de São Vicente-Praia Grande. Assim, no horizonte do desenvolvimento da sua região, da expansão da sua hinterlândia e do progresso do Brasil. Como é narrada a brilhante história deste porto.
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Nova diretoria
O novo diretor-presidente, Anderson Pomini é advogado, com vasta experiência em Direito Público, Constitucional, Político e Eleitoral; mestre em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, de São Paulo, com especialização em Direito Constitucional e Político e graduação pelas Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU/SP e pela Escola Judiciária do TRE/SP.
Pomini foi secretário de Justiça do município de São Paulo; secretário parlamentar na Câmara dos Deputados; atuou na OAB/seção SP, e fundou o escritório de advocacia Pomini Sociedade de Advogados. Tem especialização em Direito Eleitoral e Processual Eleitoral pela Escola Judiciária Eleitoral do Estado de São Paulo do Tribunal Regional Eleitoral e larga experiência na área do Direito Público.
A formação da nova diretoria da APS se completa com a aprovação da advogada Bernadete Bacellar do Carmo Mercier, para Administração e Finanças; do engenheiro Carlos Magano, para Infraestrutura; do engenheiro Eduardo Lustoza, para Desenvolvimento de Negócios e Regulação, e do engenheiro Antônio de Pádua de Deus Andrade, para Operações. (Fonte: Assessoria Especial de Comunicação | Ministério dos Portos e Aeroportos)