Sexta, 22 Novembro 2024

A função da ponte sobre o canal do Porto de Santos já é operada logística, ambiental, econômica e socialmente pela Rodovia Cônego Domênico Rigoni, conectando o sistema Anchieta-Imigrantes à margem esquerda do porto.

Desde o projeto do engenheiro-arquiteto Prestes Maia, em 1948, da ponte para travessia a seco entre as margens do Porto de Santos, essa ideia que desafia a engenharia e a gestão pública, até hoje não foi concretizada. Nesses 74 anos, vem sendo ultrajada no meio político, com promessas oportunistas e sem resultado. O projeto do túnel imerso alcança uma posição das mais favoráveis da história para materializar esse sonho, de atravessar com modernidade o canal do mais importante porto do Brasil.

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Entretanto, não devem ser levadas a sério as manifestações dos prefeitos de Santos, Rogério Santos (PSDB), e do Guarujá, Válter Suman (PSDB), defendendo, irresponsável e absurdamente, a construção simultânea do túnel e da ponte. Tampouco devem ser negligenciadas. Cabe à Assembleia Legislativa de São Paulo e às respectivas Câmaras Municipais das cidades de Santos e Guarujá abrir os seus plenários para debaterem, com as suas comunidades, esses posicionamentos com odores estranhos.

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A construção da ponte é contrapartida para a renovação do contrato da Ecovias, concessionária do sistema Anchieta-Imigrantes, duas vias pedagiadas que ligam Santos à São Paulo. Esse ultraje é liderado pelo governador João Dória (PSDB), com uma participação partidária regional débil. Tem a preferência do prefeito de Cubatão, Ademário Oliveira (PSDB), que não sabe do que se trata e do prefeito de Guarujá, Walter Suman, preso em flagrante pela Polícia Federal, em setembro último, com dinheiro em caixas no seu gabinete e na sua residência.

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Dad 07MAR2022 2O que se discute seriamente é uma solução logística para o Porto de Santos do século XXI, com a melhor técnica, utilizando uma equação financeira confiável e visão ambiental, social e governança. Qualquer reflexão sensata fica assustada com tamanha estapafúrdia: construir a ponte e o túnel simultaneamente. Sem demanda para tanto e justificando com a bobagem de que essas obras são complementares. Isto ofende a qualquer percepção, por mais inocente que seja.

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O governador João Dória deveria estar preocupado em atender bem à Baixada Santista, em vez de defender os interesses da Ecovias, com um projeto juridicamente polêmico. Por isso, precisa debater a sua proposta de ponte com a população, como vem sendo discutido com êxito o projeto do túnel. Pois, a relação Porto-Cidade exige, prioritariamente, parâmetros humanizados, dentro dos quais o projeto do túnel é muito superior ao da ponte, como assegura a prefeita de Praia Grande, Raquel Chini (PSDB). E qual é a sua preferência? Comente abaixo.

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