Sexta, 22 Novembro 2024

Santos não é bem um tema, é uma solução aberta (Patrícia Galvão)

Quem assistiu atentamente à audiência pública do programa de desestatização do Porto de Santos, em 10 de fevereiro último, teve oportunidade de perceber que a história desse porto “se nega a calar a boca”. É uma história longa de raízes profundas, com lutas intensas, sofridas e vitórias gloriosas; tudo muito bem contado, com razão e excelência. Ante a ocasião deste encontro da técnica, comércio e a política, é hora de sair para construir um futuro melhor do porto e da sua comunidade.

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Assista aqui
Audiência Pública nº 1/2022 - Desestatização do Porto de Santos

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, garantiu que haverá leilão. Ainda que haja interessados, restará a interrogação sobre quem vai ganhar a eleição e será o próximo governo que irá assinar esse programa. Um desafio que lança as bases para construir o caminho para alcançar os resultados. A começar pela dragagem, hoje judicializada, que deve ser parte da manutenção dos acessos, como era na antiga Companhia Docas de Santos – CDS.

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Como desestatizar um porto que é operado por empresas privadas, propondo um modelo que não tem o apoio total de associações representativas? Por exemplo, a Federação Nacional de Operadores Portuários (Fenop) defende a descentralização e profissionalização dos portos de propriedade pública; a Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP) vê necessidade de redobrar a cautela com esse programa

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A proposta Santos 2050, do Portogente para os próximos 30 anos, contempla um horizonte de enorme possibilidade e a sua meta de dobrar a atual movimentação do porto está também projetada no programa de desestatização, exigente de estrutura que poderá também atingir maiores oportunidades. A começar por incluir neste projeto a Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Agem) que, apesar da sua excelente qualidade, é desconsiderada por questões politiqueiras.

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Muito acertado o compromisso deste programa de construir o túnel submerso da travessia do canal. Argumentar desfavoravelmente que a carga que irá pagar esse túnel, é um posicionamento anacrônico e besteira. O porto que impacta a cidade para as pessoas tem que aprimorar essa relação. Operacionalmente, a travessia por balsa interfere, causa riscos e perdas de tempo no fluxo de navios, incompatíveis com a visão do porto do século XXI.

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A necessidade de reforma do Porto de Santos é urgente. Mesmo tantas fraquezas e despreparo constatados até aqui na elaboração do seu programa de desestatização, indubitavelmente avançou-se muito e será estruturado um projeto para se alcançar metas. Isto será também um facilitador para o debate que Portogente promove com os candidatos aos cargos de governador e presidente, para assumirem compromisso da sua realização.

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