Com a globalização da economia mundial, a competitividade internacional dos produtos de um país está cada vez mais relacionada com a eficiência da sua logística e os custos efetivos da movimentação de mercadorias nos seus portos.
O estado de abandono em que se encontra o principal porto do Hemisfério Sul, o Porto de Santos, com uma diretoria incompleta e mal arranjada, acende a luz amarela para a sua comunidade ficar atenta ao seu processo de privatização pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), juntamente com o Porto de São Sebastião.
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De pronto, é determinante descartar a hipótese de uma única autoridade portuária para os dois portos. Não menos importante é evitar que o Porto de São Sebastião, administrado pelo Estado de São Paulo cujo governador João Dória é desafeto político do presidente Jair Bolsonaro, possa ser mais uma crise política que assola o Brasil.
Debate
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Surpreende a forma utilizada pelo Ministério da Infraestrutura (Minfra), apartada da realidade desses dois portos, para tratar de uma mudança que irá afetar as comunidades de dois importantes elos logísticos internacionais do comércio e do petróleo brasileiros. Em um momento em que a popularidade do presidente da República está em queda.
Editorial
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À vista disso, como é inerente ao que se desconhece e afeta a vida, as comunidades já estão preocupadas com o jeito fácil que vem sendo administrado problema tão complexo. Não é uma tarefa banal transformar portos de baixa produtividade por gestão anacrônica, em cadeia de transporte eficiente, mais ecológicos e conectados de forma cada vez mais digital. Para um governo incapaz de agradar o setor até agora.
Dia a Dia
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O cerne da ineficiência dos portos, sobejamente conhecido, é a centralização das tomadas de decisão em Brasília. Como é o caso da determinação precipitada e sem planejamento do Minfra de gastar R$ 23.896.527,60 em um projeto sem objetivo bem definido. Dinheiro tão necessário para trabalhadores poderem comer.