Foram admiráveis as projeções apresentadas pelo engenheiro chileno Luís Ascencio Carreño, do Sistema Econômico Latino-Americano e do Caribe (Sela), para o negócio portuário marítimo no contexto internacional, para 2040. Promovido pela Maritime Law Academy, lotou o auditório da Praticagem de Santos, com quadros, técnicos e acadêmicos ligados à comunidade portuária do Porto de Santos.
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Com a visão da “Convergência entre tecnologia e gestão para os portos do futuro”, destaca o papel das 28 principais comunidades logísticas portuárias da região e propõe um programa para criação da Rede Latino-Americana e do Caribe de portos digitais. Trata-se de um novo sistema de colaboração interinstitucional e cooperação técnica, objetivando apoio à fluidez e integração do comércio exterior regional, dos seguintes países: México, Guatemala, Costa Rica, Jamaica, Trinidad e Tobago, Panamá, Colômbia, Equador, Peru, Argentina, Uruguai e Brasil.
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Foi destacado também a importância da rede que, em 2017, movimentou por seus portos 65% do total regional. Outro dado importante e comprovante da adesão à rede, entre 2014 e 2019, 15 sistemas portuários formalizaram sua comunidade. Projetou também uma taxa de crescimento média anual de +3,2% até 2022. Considerando que as taxas do comércio marítimo tendem a superar a taxa de crescimento do País, nos próximos cinco anos já poderemos contar com uma rede logística com melhor desempenho no contexto global.
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Interessante salientar a importância das tomadas de decisões estratégicas e operacionais, na rede de portos digitais e colaborativos, também serem resolvidas no ambiente portuário. Uma condição de produtividade é o Gerenciamento da Cadeia de Suprimento (SCM), ser implementada em um ambiente de máxima eficiência. Solução próxima ao problema é determinante nesse condicionamento. Uma conquista que se arrasta e não passa das promessas no Brasil.
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Sem sombra de dúvida, nos próximos 20 anos, as Comunidades Portuárias são desafiadas a assumirem um papel integrado e cooperativo no desenvolvimento moderno dos seus respectivos portos. Será um processo de inovação em rede, de conectividade e colaboração. Essa generalização de mudanças deverá se dar na aplicação de novas tecnologias e, como gestão, desenvolvimento de programas de treinamento e implementação de planos de cooperação.